Contribuição do complexo NAD(P)H oxidase na disfunção de aorta torácica de camundongos jovens tratados com colesterol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moreira, Rafael Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-04062014-142339/
Resumo: Vários fatores são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares, dentre eles o alto consumo de colesterol. Segundo a AHA, o consumo recomendado de colesterol é de 300mg/dia. No entanto esses valores nem sempre são respeitados. Na maioria das vezes a consequência do alto consumo de colesterol é o desenvolvimento da dislipidemia, a qual favorece o desenvolvimento da disfunção endotelial. É descrito que o alto consumo de colesterol pode levar ao risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares antes mesmo do desenvolvimento da dislipidemia, uma vez que, em alguns casos o consumo recomendado de colesterol na dieta diária é ultrapassado, e mesmo em estágios crônicos desse consumo não se observa o seu desenvolvimento. Dessa forma o consumo crônico de altas concentrações de colesterol poderia favorecer alterações no sistema vascular, antes mesmo da instalação do processo dislipidêmico. O objetivo desse trabalho foi estudar os efeitos da ingestão de altas concentrações de colesterol por camundongos sobre as repostas de angiotensina II (Ang II) em aorta torácica, bem como avaliar a participação da NAD(P)H oxidase nesse processo. Os animais foram divididos em grupo tratados com ração colesterol 1% (RC) ou ração colesterol padrão (RP), durante 1 mês ou 3 meses. O tratamento com RC não alterou o peso dos animais nem foram observadas alterações morfológicas em aorta torácica, sugerindo que a alteração na funcionalidade deste tecido não foi decorrente de modificações estruturais. O tratamento com RC acarretou no aumento dos níveis basais de O-2 produzido em parte pela NOX-1 e NOX-4, além do aumento da expressão proteica de NOX-1 em aorta torácica de animais tratados 3 meses. No estudo funcional foi observado um aumento do Emax da Ang II em animais tratados durante 1 mês e 3 meses, uma reposta independente de endotélio. Esse aumento foi restaurado na presença de Tiron, mostrando a contribuição de O-2 no aumento do Emax de Ang II em aorta torácica. Na presença de inibidores de NOX-1 e NOX-4 também foi observada à restauração do Emax observada na ausência dos mesmos, mostrando a participação das subunidades na produção de O-2. Os animais tratados com RC não apresentaram alterações no perfil lipídico, esse fato deve-se principalmente pela falta do ácido cólico na dieta. O Emax da Ang II foi aumentado em aorta torácica de camundongos tratados com RC em decorrência de aumento nos níveis basais de O-2 produzido pela NOX-1 e NOX-4. Os níveis basais de O-2 aumentados possivelmente devem esta reagindo com o NO diminuindo sua disponibilidade, aumentando assim os efeitos contrateis da Ang II em aorta torácica. Algumas hipóteses são levantadas para explicar o aumento basal de O-2 em aorta torácica. 1º Aumento na concentração de colesterol nos bolsões lipídicos presente nas caveolas. 2º Formação de oxisterois, 3º formação de micropartículas. Os resultados obtidos e as hipóteses levantadas nesse trabalho, como, aumento na produção de oxisterois e micropartículas podem servir como possíveis alvos de estudos para o desenvolvimento de novos marcadores, e no diagnostico precoce de alterações vasculares decorrentes do consumo excessivo de colesterol iniciada em indivíduos jovens.