O efeito do treinamento de resistência muscular aeróbia na distribuição da gordura corporal e tolerância à glicose em mulheres obesas e não obesas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Vieira, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-06122024-094743/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito do treinamento de resistência muscular aeróbia na distribuição da gordura corporal e tolerância à glicose em mulheres obesas e não obesas. 12 mulheres, IMC de 20 a 30kg/m2, com idades entre 29 e 45 anos, foram divididas em dois grupos: relação cintura-quadril maior ou igual à 0,75 (grupo 1) com n=6 e menor que 0,75 (grupo 2) com n=6; as quais foram submetidas ao protocolo de corrida e/ou caminhada entre o 1 e 2 limiares ventilatórios durante 40 minutos com 10 minutos iniciais de aquecimento e 10 minutos finais de volta à calma, três vezes por semana, durante três meses. Os limiares ventilatórios foram determinados pela ergoespirometria no ergômetro esteira. Através da tomografia computadorizada, foram determinadas as áreas da gordura visceral (cTAV), muscular (cTAM) e subcutânea (cTAS) na cicatriz umbilical, gordura subcutânea (qTAS) e muscular (qTAM) na altura do trocânter maior e terço superior da coxa (cxTAS) e (cxTAM); a tolerância à glicose foi determinada pelo tste de tolerância a glicose e posterior cálculo da área sob a curva (AUC). O gasto energético foi calculado através da calorimetria indireta, ingestão energética pelo diário alimentar de três dias; avaliação antropométrica por somatória de dobras, circunferências e composição cororal por pesagem hidrostática; análises plasmáticas de triglicérides, colesterol total, HDL-colesterol, cálculo do LDL-colesterol, glicemia e insulinemia de jejum. Todas as avaliações foram realizadas antes e após a intervenção. Foram utilizadas análises de variância para verificar diferenças inter e intra-grupos. O nível de significância adotado foi de p<=0.05. O grupo 1 reduziu o peso (-0,8kg), reduziu em 10,36% o TAV na cicatriz umbilical (p=0,01) e em 3,3% o TAS no quadril (p=0,05). O grupo 2 (ginóide) aumentou massa magra em 4,3 +- 2,5% e reduziu massa gorda em 4,3 +- 2,5% pela pesagem hidrostática sem alterar o peso corporal. Houve redução das concentrações de HDL-c do Grupo 2(2,6 +- 2,2 mg/dL) e diferença estatística intergrupos na trigliceridemia no período pós-treinamento (p=0,03). Não houve alterações nos parâmetros de glicemia e insulinemia de jejum. O treinamento aeróbio durante 12 semanas promove redução de peso, gordura visceral e gluteal subcutânea somente em mulheres com acúmulo de gordura na região inferior do corpo. O treinamento não alterou a sensibilidade à insulina e não melhorou a lipemia em mulheres glicotolerantes