Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Diego Roberto Neves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-11032025-120127/
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Resumo: |
Para analisar o indivíduo na obra tanto ficcional quanto não ficcional do escritor David Foster Wallace, a presente pesquisa toma como ponto de vista central o romance Infinite Jest . Sob o pano de fundo do entretenimento hiperbolizado no filme ficcional Infinite Jest, averiguamos questões inerentes à contemporaneidade moldada por tal faceta. Partindo da compreensão do romance como distópico, no sentido de que, ao hiperbolizar as mazelas do contemporâneo, todo um campo de observação é aberto, averiguamos a tradição literária da qual o autor é herdeiro e identificamos, frente a uma análise em relação a seus contemporâneos, a singularidade wallaceana. O autor, ao tratar da miséria de seu tempo não a partir da paranoia quanto ao exterior inerente a grande parte dos autores estadunidenses que viveram a guerra fria e sim a partir de e enquanto uma miséria interior que molda os indivíduos em uma solidão mascarada por um entretenimento que funcionaliza os indivíduos, moldando suas subjetividades nos conformes dos interesses mercadológicos, nos direciona para uma gama de possibilidades acerca das doenças do eu que assolam a contemporaneidade. Mobilizamos conceitos filosóficos no sentido de apontarmos sua pertinência e consonância com os temas apresentados por David Foster Wallace e tomados como objeto de estudo na presente dissertação. No sentido de compreendermos o contexto moldado no romance onde o cartucho Infinite Jest leva os espectadores à morte, lançamos mão das análises de Foster Wallace sobre a televisão. Através desse contexto, exploramos passagens de personagens que enfrentam vícios em diferentes formas, permanecendo em um ciclo de autocentramento que os afasta de si mesmos, compondo-os como parte de um mundo que vive uma decadência dos valores e da experiência. A melancolia esvaziada de seu potencial subversivo e transformada na monotonia que repete o mesmo também é objeto de estudo. A autoconsciência exacerbada, compreendida como algo que afasta os indivíduos de suas vivências legítimas e os leva aos vícios, angústias e solidão é confrontada e propomos possibilidades de redenção com vistas a um caminhar rumo à autonomia. Após identificarmos o objeto perdido da melancolia como sendo a atenção, entendemos a intrincada leitura de Infinite Jest (não linear, polifônica, repleta de notas de rodapé, permeada por vários núcleos de ação e personagens) como um exercício que pode resgatar a atenção dos leitores aos moldes do resgate pretendido pelos indivíduos em recuperação do vício em substâncias. A presente dissertação compreende a atenção dos indivíduos como algo a ser resgatado por meio da atenção aos moldes propostos por DFW |