Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Fabiano Simões |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-08102013-162610/
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Resumo: |
Este estudo inscreve-se no contexto da cibercultura, entendida como um conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem articuladamente com o crescimento do ciberespaço. Entendemos que a subjetividade não é o campo em que os objetos são interpretados, mas sim o produto de movimentos interpessoais e de relações sociais mediadas pela linguagem. Sendo assim, colocamos o discurso no centro das investigações sobre os processos de subjetivação. Concordamos com Nicolaci-da-Costa quando postula que há um discurso da negatividade sobre a Internet, que foi alimentado pela grande mídia quando deu voz a pesquisadores que passaram a classificar o uso intensivo da Internet como vícios comparáveis àqueles causados por substâncias químicas. Concordamos também com Castells quando postula que as inovações tecnológicas da Internet promoveram mudanças significantes no modo de vida, com desdobramentos nos padrões de consumo, de interação social e de representação do mundo. Este estudo visa a analisar as representações utilizadas por professores e alunos para significar o uso das ferramentas da Internet, como o Google, Facebook, MSN, Orkut e outras. Trata-se de um estudo qualitativo que se fundamenta no método de análise das representações sociais, segundo Moscovici e Jovchelovitch. A pesquisa foi realizada em uma escola pública do ensino médio de Ribeirão Preto, SP. Enquanto procedimento: foram realizadas entrevistas individuais em profundidade com 18 alunos, com idade entre 15 e 18 anos e 10 professores. Os alunos foram escolhidos a partir de um questionário sobre a utilização da Internet, aplicado em 65 sujeitos, sendo que o critério de escolha foi a disposição em participar da pesquisa. Os professores foram selecionados aleatoriamente, dentre aqueles disponíveis. A análise das entrevistas foi realizada através da técnica da análise do conteúdo, sistematizada por Bardin, que permite classificar as práticas discursivas em unidades de significado e categorias de natureza temática, para assim se realizar uma análise estrutural e transversal dos discursos produzidos. O estudo visou a contribuir com reflexões que auxiliem as práticas pedagógicas e didáticas capazes de subsidiar políticas públicas de inclusão digital, em instituições públicas de ensino. Como resultados, podemos afirmar que os alunos atribuíram significados diversos à utilização das ferramentas da Internet, geralmente associados aos aspectos: a) cognitivo: aperfeiçoamento e execução de tarefas escolares; b) afetivo: relações de amizade em chats e redes sociais; c) erótico: captura de imagens e relacionamentos virtuais fugazes; d) entretenimento: jogos, informações, noticiário; e) inclusão social: sentimento de pertença a grupos ou \"tribos\". Já os professores revelaram o lugar paradoxal que se tornou o espaço escolar, que tem de um lado o discurso hegemônico de que a escola deveria se atualizar com a absorção das novas tecnologias da informação, mas que carece de investimentos concretos, e do outro, o discurso da \"negatividade da Internet\" que rotula a utilização de seus alunos como \"superficial\". |