Avaliação da utilização dos Procedimentos Operacionais Padrão na prática profissional da equipe de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sales, Camila Balsero
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-08032016-154354/
Resumo: A qualidade nos serviços de saúde tem sido objeto de estudo entre diversos pesquisadores. As dificuldades econômicas e a exigência dos usuários pelos seus direitos em obter qualidade nos serviços prestados, torna relevante esse estudo. O enfermeiro é o profissional que deve estimular e conduzir a equipe para elaboração e implementação de novas abordagens e ferramentas gerenciais que levem a melhorias na assistência Uma das ferramentas gerenciais que o enfermeiro pode lançar mão é a padronização das intervenções de enfermagem. Devido à necessidade de melhoria da qualidade da assistência prestada, os Procedimentos Operacionais Padrão de enfermagem foram implantados na Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto entre os anos de 2011 e 2012. O estudo objetiva descrever o modelo de implantação dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) da equipe de enfermagem e identificar as fragilidades e potencialidades na utilização desses POP da equipe de enfermagem. Trata-se de pesquisa do tipo avaliativa, com abordagem quantitativa realizada com profissionais de enfermagem que atuam nas Unidades de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto. A coleta de dados foi realizada em duas fases. Na primeira, ocorreu a análise documental que foi realizada no mês de outubro de 2014. Já a segunda fase compreendeu a aplicação de um questionário aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Participaram do estudo 247 profissionais de enfermagem, sendo 64 enfermeiros, 31 técnicos de enfermagem e 152 auxiliares de enfermagem. Destes, 87,4% eram do sexo feminino. A faixa etária que predominou foi a de 51 a 60 anos, com 34%, seguidos de 30,8% na faixa etária de 41 a 50 anos. Em relação ao tempo de formação 38,5% possuíam de 2 a 8 anos de formados, 24,3% possuía de 16 a 22 anos e 19,4% possuíam 23 a 29 anos de tempo de formação. Dos participantes do estudo, 77,7 % atuavam em Unidades de Saúde da Família. Participaram da capacitação dos POP 222 (89,9%) profissionais de enfermagem. Dentre os participantes da pesquisa, 225 (91,1%) afirmaram que consultam os POP no local de trabalho, porém, apenas 142 (57,5%) os consultaram nos últimos doze meses, sendo a maioria enfermeiros (92,2%). A intervenção mais citada que passou a ser executada após a capacitação dos POP foi o cateterismo por cistostomia (17,8%), apesar de ainda haver um percentual de 39,3% que não a executam. Houve mudança na forma de execução e aprofundamento do conhecimento em todas as intervenções trabalhadas. A implantação dos POP foi desenvolvida de forma pontual, necessitando ser avaliado e repensado nos moldes de um processo educativo contínuo. As fragilidades identificadas foram o número reduzido de profissionais, inadequação da estrutura física, ausência de materiais, entre outros. As potencialidades foram relacionadas à padronização dos materiais, material da instituição para consulta disponível na unidade, valorização profissional, preocupação do gestor em relação à segurança do paciente e do profissional. Ressalta-se a capacitação dos POP como relevante para a contribuição da melhoria da qualidade da assistência prestada pela enfermagem, porém, deve ser pautada em processos educativos permanentes