Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Machado, Caio Cavalcante |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-11042024-094341/
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Resumo: |
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória que afeta 1% da população mundial e é caracterizada por um infiltrado de células do sistema imune no tecido sinovial. A primeira escolha para o tratamento da AR consiste no uso do metotrexato (MTX) em baixas doses. No entanto, uma parte considerável dos pacientes com AR é refratária a este medicamento (60%) e o mecanismo pelo qual este fenômeno ocorre ainda não foi totalmente estabelecido. O efeito anti-inflamatório do MTX associa-se com sua capacidade de aumentar os níveis extracelulares de adenosina, que por sua vez tem ação imunomoduladora. Neste contexto, um estudo do nosso grupo demonstrou que pacientes com AR não responsivos ao tratamento com MTX apresentam uma menor expressão da ectonucleotidase CD39 em células T reguladoras (Treg) isoladas a partir de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e analisadas por citometria de fluxo. Esta ectonucleotidase é uma das principais vias de produção de adenosina extracelular através da metabolização do trifosfato de adenosina (ATP) e difosfato de adenosina (ADP). Assim, realizamos um estudo prospectivo unicêntrico, com inclusão de 69 pacientes com diagnóstico inicial de AR e virgens de tratamento, submetidos posteriormente ao tratamento com MTX. Corroboramos a correlação da baixa expressão do CD39 nas Treg ao diagnóstico como biomarcador de resposta terapêutica isolados não só a partir do PBMC, como também a partir do sangue total (ST), usando uma técnica mais rápida, simples e barata. Constatamos que os níveis de atividade da doença, idade, sexo, tabagismo, níveis de fator reumatoide e anti-CCP não se correlacionam com diferente expressão do CD39. Buscamos complementar a acurácia na predição de resposta terapêutica por meio da dosagem de 42 citocinas inflamatórias no plasma, identificamos que elevados níveis de interferon-γ (IFN-γ), fator de crescimento transformante alfa (TGF-α) e interleucina 17 (IL-17) ao diagnóstido da doença estão associados a maior risco de falha ao MTX. Por fim, utilizando um modelo experimental de artrite, demonstramos que o uso isolado de corticoide em camundongos naïve não interfere nos níveis de CD39, contudo a inflamação induzida pelo modelo gera um aumento do MFI (median fluorescence intensity) do CD39 nas Treg circulantes, que é revertida após o tratamento com MTX e dexametasona. Dessa forma, este estudo corrobora o papel do CD39 como potencial biomarcador preditor de resposta terapêutica ao metotrexato e desenvolvemos um método mais simples, rápido e barato de fazê-lo. Além disso, com o modelo experimental de artrite avaliamos a dinâmica das células TregCD39+, onde demonstramos um papel dinâmico da expressão de CD39 no controle da inflamação. |