Aspectos reprodutivos e micropropagação em Dyckia distachya Hassler, espécie ameaçada de extinção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Salomão, Karina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-19092013-145328/
Resumo: Dyckia distachya Hassler, bromélia endêmica da região Sul do Brasil, teve sua população acentuadamente reduzida devido às políticas públicas de aproveitamento hidrelétrico na região. Estudos que promovam maiores conhecimentos em relação à espécie são necessários no intuito de elaborar estratégias de conservação e reintrodução da mesma em seu ambiente natural. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou ampliar o conhecimento acerca da espécie D. distachya visando fornecer subsídios por meio dos estudos dos aspectos reprodutivos e da micropropagação, gerando informações que possam contribuir para a conservação da espécie. Nesse sentido, foram realizados diferentes experimentos: caracterização das flores por meio de microscopia de luz e eletrônica; viabilidade polínica por germinação in vitro e avaliação histoquímica; receptividade do estigma; caracterização dos mecanismos reprodutivos; concentração e composição do néctar, dentre outras variáveis. Foram realizados ensaios de germinação de sementes em diferentes ambientes e temperaturas, juntamente com o estudo do desenvolvimento pós-seminal. Em adição a esses estudos, foram realizados ensaios de micropropagação, utilizando diferentes meios de cultura em diferentes estados físicos. Os resultados demonstram que as flores são hipóginas, hermafroditas, tubulares, pediceladas, com três sépalas e três pétalas imbricadas. O androceu é formado por seis estames, com as anteras acima do estigma. O gineceu é constituído de três carpelos unidos e ovário parcialmente sincárpico, súpero e trilocular com estigma conduplicado-espiral. Os óvulos são anátropos e apresentam apêndice chalazal. Os nectários são septais, infraloculares com superfície em labirinto na base do ovário. Os grãos de pólen são de tamanho médio, simetria bilateral, âmbito ovalado, monocolpado, exina semitectada, reticulada e heterobrocada. A maior porcentagem de germinação dos grãos de pólen foi observada em meio de cultura BKM. Foram observados todos os mecanismos reprodutivos, com formação de sementes viáveis, sendo superior na polinização cruzada e autopolinização artificial. O estigma mostrou-se receptivo durante todo o período de abertura floral. As sementes germinam em uma ampla faixa de temperatura, sendo que, as sementes alocadas em meio de cultura apresentaram as maiores porcentagens de germinação. A extrusão da raiz primária se deu no segundo dia após introdução das sementes in vitro. No 4° dia foi possível observar o surgimento do 1° eófilo. Aos 12 dias a planta jovem apresenta raiz primária curta e pilosa. Meios de cultura no estado líquido, sob agitação, ou estático, em combinação ou não com reguladores de crescimento vegetais são eficientes na multiplicação in vitro de D. distachya, apresentando elevadas taxas de produção de mudas em curto espaço de tempo. O meio de cultura semissólido apresentou menores taxas de multiplicação e massa fresca e seca em relação ao meios líquidos. A aclimatização foi eficiente em mudas provenientes de todas as condições in vitro utilizadas