Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Yamaguti, Siomara Tavares Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-14102015-125834/
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Resumo: |
Introdução: A vulnerabilidade dos profissionais de enfermagem ao estresse está associada à exposição crônica aos estressores cotidianos de trabalho e, consequentemente, aos efeitos cumulativos dos mediadores primários e secundários do estresse. Embora vários estudos tenham relatado o elevado nível de estresse dos profissionais de enfermagem, pouco se sabe a respeito das implicações biológicas do estresse no trabalho, expressas na carga alostática e no ritmo de secreção dos hormônios de cortisol um dos principais hormônios do estresse. Isto particularmente é importante visto que a carga alostática aumenta o risco do indivíduo desenvolver transtornos relacionados ao estresse como síndromes cardiovasculares, metabólicas, endócrinas, emocionais e cognitivas. Neste sentido, questiona-se se os profissionais de enfermagem apresentam sobrecarga do sistema adaptativo de reação do estresse (carga alostática), bem como alterações no ritmo de secreção de cortisol (hiper ou hipocortisolemia) ao longo do dia e o risco para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao estresse. Objetivo: Descrever a frequência de profissionais de enfermagem com carga alostática elevada e ritmo atípico de secreção de cortisol. Analisar se a carga alostática elevada está associada ao ritmo atípico de secreção de cortisol. Método: Foram incluídos 142 profissionais de enfermagem do turno diurno randomicamente selecionados, alocados nas unidades ambulatório, clínica médica, clínica cirúrgica, centro cirúrgico, pronto socorro infantil e adulto, unidade de terapia intensiva adulto e pediátrica de um hospital universitário. Para avaliação do padrão diurno de secreção de cortisol foram coletadas amostras de saliva em dois dias úteis consecutivos de trabalho e, para a análise dos biomarcadores foram coletadas, em um único dia, amostras de sangue de todos os participantes, bem como, verificada sua pressão arterial e medidas antropométricas. A carga alostática foi analisada por mediadores neuroendócrinos, metabólicos, cardiovasculares e imunológicos. Os dados foram armazenados e analisados utilizando o programa estatístico SPSS versão 14.0 e o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: 31% dos profissionais de enfermagem apresentaram padrão atípico (inconsistente ou flat) de secreção de cortisol e 47,2% carga alostática elevada. Não houve associação entre o ritmo de secreção de cortisol e a carga alostática. Conclusão: Quase metade dos profissionais de enfermagem apresentaram sinais de desgaste do sistema biológico regulador da resposta de estresse, sugerindo que o trabalho possa estar associado a esta sobrecarga e destacando a vulnerabilidade destes trabalhadores ao desenvolvimento de doenças relacionadas ao estresse |