Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Giacomin, Alessandra Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-14102018-180657/
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Resumo: |
O Brasil destaca-se como maior produtor de seda em escala comercial no Ocidente e o quinto maior no mundo, devido ao eficiente sistema integrado de produção, que qualifica os fios de seda brasileiros como de alta qualidade. A sericicultura é a criação do Bombyx mori L. (bicho-da-seda) para obtenção dos casulos de seda para a fiação. A atividade emprega, no Brasil, aproximadamente, 2.500 famílias no meio rural, gerando renda por cerca de 8 a 9 meses do ano, contribuindo para a fixação delas ao campo. Além disso, cerca de 2.000 funcionários trabalham nas empresas de fiação no meio urbano, e o total de empregos, contando com os empregos indiretos, associados à atividade, somam, aproximadamente, 20.000. Esta pesquisa teve como objetivo apresentar a dinâmica da inovação da sericicultura no Brasil e as medidas que vêm sendo tomadas nesse sentido. Os dados, para elaboração deste estudo, foram coletados por meio de análise bibliográfica, assim como, visitas técnicas às empresas e aos produtores ligados à sericicultura nos estados do Paraná e São Paulo. Foram realizadas entrevistas com quatro sericicultores, juntamente com representantes das empresas Fiação de Seda BRATAC S.A., Fiação de Seda Artesanal O Casulo Feliz, Instituto Vale da Seda e com Enéas Neto, estilista residente da marca Vale da Seda. As principais modernizações constatadas visam diminuir o esforço físico do trabalhador rural e aumentar a produtividade, mantendo os padrões de qualidade. Constatou-se, nas visitas e entrevistas aos produtores rurais, que a sericicultura é, na maioria dos casos, a principal fonte de renda familiar, afirmando a importância social e econômica da referida atividade e que, mesmo após anos anteriores de declínio, vem se mostrando promissora no Brasil, com aumentos gradativos nas últimas safras, tornando-se uma atividade bastante rentável. Por meio das entrevistas com os empresários e representantes do setor, relacionados com a produção de seda no Brasil, percebe-se que se sentem otimistas com relação ao futuro da seda, pois existe hoje uma maior preocupação com o uso de produtos provenientes de extração mais sustentável, duráveis e com maior valor agregado e, a seda, se enquadra nesses requisitos. Além disso, estudos preliminares indicam uma correlação positiva entre a produção de seda e a mitigação da Pegada de Carbono. Desse modo, a sericicultura, de forma sustentável, ética e socialmente responsável, poderá apresentar cada vez maior destaque e, por consequência, refletir positivamente na economia brasileira como um todo. Conclui-se que a sericicultura é uma atividade economicamente viável para o Brasil, o qual apresenta condições de solo e clima favoráveis para a criação do bicho-da-seda, em diversas regiões de seu território, com a possibilidade de gerar empregos e renda, tanto na área rural, quanto na urbana. Impulsionada pela mecanização e modernização da atividade agropecuária, a sericicultura nacional vem retomando lugar de destaque |