Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Dehler, Heloísa Rodrigues de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-29092015-095232/
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Resumo: |
O Maciço Granítico Rapakivi São Francisco intrude rochas metassedimentares do Grupo São Roque, possui forma aproximadamente elipsoidal, com eixo maior de direção /N65E e \"trend\" subparalelo às zonas de cisalhamento que o limitam a norte (Moreiras) e sul (Pirapora). É composto por cinco faciologias: SF1 - biotita - homblenda - quartzo - monzonito fino; SF2 - biotita - granito porfiróide fino a médio (mosqueado); SF3 - biotita - granito porfiróide grosso (pyterlítico); SF4 - biotita - granitoporfirítico grosso (pyterlítico a viborgítico) e SF5 - diques de granito equigranular fino. Os estudos de química mineral permitiram caracterizar os seguintes minerais constituintes do MGRSF: minerais félsicos - feldspato alcalino de composição \'Or IND. 56-74\', com aumento do núcleo para a borda de K, e diminuição de Al, Na e BA; plagioclásio da matriz e megacristais com núcleos de composição albítica e bordas de oligoclásio; manto dos ovóides rapakivi de composição oligoclásio; minerais máficos - biotita annítica e anfibólio edenítica; - minerais acessórios - fluorapatita, com teor de F anômalo, entre 4,9 e 6,1%, zircão, ilmenita e hematita. As análises químicas de biotita permitiram separar, com base nos teores de Al203 e MgO, dois grupos de biotitas: biotitas magmáticas (BM) que preservam a composição química primária e, provavelmente refletem as condições magmáticas, traduzindo assim a evolução da composição do líquido e biotitas secundárias (BA), que mostram evidências de alteração da composição química original, decorrente da ação de uma fase fluida que provocou reequilíbrio dos mesmos no período tardi a pós-magmático. As biotitas magmáticas exibem boas correlações lineares em vários diagramas tipo Harker: R2+ versus R3+, com \'Al POT. VI\' e \'Fe POT. 2+\' sendo os principais responsáveis por este tipo de substituição, Si versus \'Al POT. IV\', clitonita, talco e Ti versus \'Al POT. VI\'+Cr+\'Fe POT.2+\'+Mg+Mn. As biotitas ) secundárias são caracterizadas pelas seguintes substituições: \'R POT. 2+\' versus \'R POT. 3+\', Si versus SV; Ti versus \'Al POT. IV\' e talco. Nos diagramas discriminantes das séries magmáticas, baseados na química das biotitas, as amostras do MGRSF caem, preferencialmente, no campo das associações subalcalinas ou alcalinas. Estudos geobarométricos efetuados a partir de análises químicas de anfibólios do MGRSF, permitiram definir pressões entre 0,8 e 1,8 kbar, os quais refletem as prováveis condições de pressão vigentes durante o período tardi a pós-magmático, ocasião em que a circulação de fluidos promoveu reações de reequilíbrio dos minerais, sobretudo das biotitas. O maciço granítico aqui estudado é caracterizado como rapakivi neste trabalho, enquadrando-se perfeitamente na redefinição da Haapala & Rämö (1992): como granito tipo \"A\" (neste caso como subtipo aluminoso), que contém textura rapakivi. A textura rapakivi no MGRSF ocorre segundo a definição \"strictu sensu\" de Vorma (1976), quedeve abranger: a) forma ovoidal dos megacristais de ortoclásio; b) manteamento dos ovóides por plagioclásio de composição oligoclásio-andesina, com alguns deles podendo ser isentos; c) ocorrência de duas gerações de feldspato alcalino e quartzo. A textura rapakivi, para o maciço estudado, é interpretada como magmática pelas seguintes características texturais e químicas: (a) ausência de feldspatos alcalinos na matriz manteados poroligoclásio; (b) composições idênticas entre as bordas dos plagioclásios da matriz e os plagioclásios que compõem os mantos dos ovóides de feldspato alcalino; (c) presença de composição química primária em biotitas de amostras com textura viborgítica, indicando que os processos de alteração metassomáticos/hidrotermais foram mínimos ou ausentes nestas porções do maciço. A coexistência de texturas rapakivi com feições orto a mesocumulática, sugere que os processos de acumulação mecânica de feldspatos alcalinos em estágios magmáticos iniciais estejam relacionados com a formação de textura rapakivi. |