Adição de óleos funcionais e vitamina E em dietas com elevado teor de concentrado para cordeiros confinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Furlan, Maísa de Lourdes do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-01122017-150826/
Resumo: Objetivou-se avaliar o efeito da inclusão de óleos funcionais de rícino (Ricinus communis) e do líquido da casca de castanha de caju (Anacardium occidentale), associados à vitamina E em dietas de alto teor de concentrado para cordeiros confinados, sobre os parâmetros sanguíneos, comportamento ingestivo, desempenho e qualidade de carcaça e da carne. Foram utilizados 30 cordeiros sem padrão racial definido (12 machos não castrados e 18 fêmeas), com idade média de quatro meses e peso vivo inicial de 26 ± 3,6 kg para fêmeas e 28 ± 3,6 kg para machos. Os cordeiros permaneceram confinados por 75 dias. A relação volumoso:concentrado da dieta com base na matéria seca (MS) foi de 15:85. Sendo as dietas, CTL: controle, sem inclusão de aditivos, OLE: inclusão de óleos funcionais (500 mg.kg-1 MS) e OLEVIT: inclusão de óleos funcionais (500 mg.kg-1 MS) + vitamina E (500 UI.kg-1 MS). Durante o período experimental foram avaliados os parâmetros sanguíneos e fisiológicos, comportamento ingestivo e desempenho dos animais. O peso corporal de abate foi (PVF) de 38 ± 4,2 kg e 47 ± 4,3 kg, fêmeas e machos, respectivamente. Após o abate determinou-se o peso de carcaça quente (PCQ) e pH 1 e 24 horas. Avaliou-se a área de lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS) e cor da carne. Amostras do músculo longissimus dorsi (LD) foram coletadas e congeladas para análise sensorial, perda por cocção (PPC), força de cisalhamento (FC), oxidação lipídica (30 e 180 dias de armazenamento), perfil de ácidos graxos (PAG) e colesterol total (CT). Observou-se efeito de sexo (P < 0,05) para os parâmetros pH (pHF), bicarbonato (HCO3-F), teor de dióxido de carbono (TCO2-F) e excesso de base (EBF) da colheita sanguínea final, machos tiveram maiores valores. Para frequência respiratória houve interação entre dieta*período (P < 0,05) e para temperatura retal e cortisol sérico houve efeito de período (P < 0,05), o aumento dos valores destes parâmetros comprovaram o desencadeamento do estresse térmico. No comportamento ingestivo houve interação sexo*período (P < 0,05) para atividade \"ruminando\" (R) e \"interagindo\" (IN). Para as atividades \"comendo\" (C) e \"ócio\" (O) houve efeito de período (P < 0,05) e de sexo (P < 0,05). Houve efeito de dieta (P < 0,05) para as atividades \"O\" e \"IN\". Para PVF, ingestão de matéria seca, ganho de peso médio diário, eficiência alimentar e conversão alimentar, observou efeito de sexo (P < 0,05), machos tiveram melhores resultados. Houve efeito de sexo (P < 0,05) às análises pH1h, PCQ e rendimento nas carcaças, as fêmeas obtiveram menores valores. Para análises de PPC, FC e cor (L* e a*) também houve efeito de sexo (P < 0,05), maiores valores aos machos, exceto para o croma a*. Houve efeito entre as dietas (P < 0,05) para maciez, suculência e sabor característico da carne na análise sensorial, melhor pontuação observada para dieta OLEVIT. Para o PAG houve efeito de dieta somente para a somatória dos ácidos graxos saturados (P < 0,05). O uso do OF e vitamina E não apresentaram efeito para as análises de comportamento ingestivo, parâmetros sanguíneos e fisiológicos, bem como o desempenho e à maioria das análises físico-químicas da carcaça e da carne, exceto para análise sensorial e perfil de ácidos graxos.