Estudo do perfil fenotípico e imunohematológico para o grupo sanguíneo Diegoª na população do Distrito Federal e sua importância na terapia transfusional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Soares, Mayara Aoyama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-20082020-120530/
Resumo: Introdução: O primeiro caso de antígeno associado ao sistema de grupo sanguíneo Diego foi relatado em 1953 através de um recém-nascido diagnosticado com doença hemolítica perinatal (DHPN) que evoluiu a óbito em apenas 3 dias. Anos após, foi descoberto um segundo antígeno e atualmente 21 antígenos são reconhecidos neste sistema pela ISBT - International Society of Blood Transfusion, sendo o antígeno Dia o mais imunogênico e de maior importância clínica transfusional podendo causar reações transfusionais hemolíticas de moderadas à graves. Apesar de existirem no Brasil estudos populacionais da frequência do antígeno Dia, não existe nenhum estudo da frequência deste antígeno na população do Distrito Federal (DF). Considerando que o antígeno Dia é um marcador antropológico das raças asiática e indígena que fazem parte da constituição étnica da população do DF, é importante realizar um estudo fenotípico ou genotípico que possa determinar a frequência dos alelos DI*A e DI*B nos doadores do DF e o risco de aloimunização ao antígeno Dia em pacientes para determinar seu impacto na segurança transfusional. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo observacional descritivo transversal para determinação da frequência do antígeno Dia na população doadora da FHB - Fundação Hemocentro de Brasília e seu impacto na rotina transfusional do DF devido a aloimunização dos pacientes receptores de transfusão. Amostras de sangue de doadores voluntários da região aptos à doação foram coletadas e, após extração do DNA, as mesmas foram genotipadas através d e uma técnica de PCRRFLP. A aloimunização ao antígeno Dia foi investigada pela análise retrospectiva dos registros de pacientes transfundidos com concentrado de hemácias. Resultados: Houve 100% de concordância entre os resultados da fenotipagem e genotipagem para o antígeno Dia nas amostras de doadores estudadas. A frequência do alelo DI*A encontrada nesta população foi de 3.8% e nenhum genótipo DI*A/DI*A homozigoto foi encontrado. Conclusão: Nossos resultados demonstram que a frequência do alelo DI*A em doadores de sangue do DF é mais alta que a encontrada entre outras populações e portanto, pode ter grande impacto no índice de aloimunização de pacientes que recebem transfusões de concentrados de hemácias e em gestantes.