Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Martins, Carlos Eduardo Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-16112023-174820/
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Resumo: |
O dipeptídeo carnosina (beta-alanyl-L-histidina) apresenta algumas funções fisiológicas relevantes como tamponante intramuscular, ação antioxidante, capacidade de eliminação de produtos tóxicos da peroxidação lipídica, proteção contra glicação proteica, regulação do manejo e dos transientes de Ca2+ nos músculos estriados. Estudos em animais e em humanos, mostram efeitos positivos da suplementação de L-carnosina no diabetes mellitus, sugerindo uma promissora estratégia não farmacológica com propriedades antidiabéticas. Ainda assim, existe a premente necessidade de investigar se a ausência de carnosina endógena impacta as alterações metabólicas e tecidos em modelo animal de diabetes mellitus. Diante disso, esta tese apresenta um modelo com deleção do gene carnosina sintase 1 e animais induzidos por estreptozotocina (65 mg/kg). Quatro grupos compuseram o experimento: WT-Controle (n=8), KO-Controle (n=8), WT-diabético (n=7), e KO-diabético (n=7). Após oito semanas de experimentação, os animais foram avaliados em relação à glicemia e insulina de jejum, peso corporal, consumo de ração e ingestão de água, tolerância oral à glicose e à insulina, função cardíaca, função contrátil muscular e respiração mitocondrial nos cardiomiócitos. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por unpaired t test e ANOVA two-way e one-way, seguido de teste de comparação múltipla de Tukey. Os animais diabéticos, independentes do fator genótipo, comparados aos animais do grupo controle, apresentaram hiperglicemia sustentada, intolerância à glicose, prejuízo no ganho de peso, aumento no consumo de ração e ingestão de água, hipoinsulinemia, menor força de contração muscular tetânica e comprometimento da função sistólica ventricular, porém sem alteração da respiração mitocondrial cardíaca. Animais ausentes de carnosina, independentes do fator diabetes mellitus, tiveram baixa resistência à fadiga comparados aos animais selvagens. Notavelmente, os animais diabéticos ausentes de carnosina apresentaram piora na redução glicêmica comparados aos animais diabéticos selvagens em resposta à dose exógena de insulina. Portanto, existe um efeito sinérgico da carnosina endógena com a dose externa de insulina, embora, a nível estrutural e funcional da musculatura estriada, a ausência de carnosina em animais diabéticos não demonstrou efeito adverso |