Estudo da resistência da môsca doméstica, Musca domestica Linnaeus, 1758 (Diptera, Muscidae) a alguns inseticidas fosforados e clorofosforados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1972
Autor(a) principal: Suplicy Filho, Nelson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144524/
Resumo: Neste trabalho procurou-se saber a resistência da môsca doméstica (Musca domestica L.) variedade 49 r2, aos inseticidas dimetoato, dimetoxon e seus análogos. Decidimos trabalhar com essa variedade de môsca que, segundo as informações do Dr.J.Keiding, teria alta resistência ao dimetoato pelo tempo que estavam sob a ação do inseticida na Dinamarca. Dos produtos testados (0,0-dimetil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dimetil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-carbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-carbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-etilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-n-propilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-propilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-isopropilcarbamoilmetil) fosforoditioato; til) 0,0-dietil S-(N-isopropilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-n-butilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-nbutilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N,N-dimetilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N,N-dimetilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N ,N-dietilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N,N-dietilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N,N-di-n-propilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N,N-di-isopropilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,00-dietil S(N,N-di-isopropilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N ,N-di-n-butilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N,N-di-n-butilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoil-2-etil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoil-2- etil) fosforotiolato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoil-1-etil) fosforoditioato; 0,0-dietil S-(N-metilcarbamoil-1-etil) fosforotiolato; 0,0 di-n-propil S-(N-metilcarbamoilmetil) foroditioato; 0,0-di-n-propil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosfosforotiolato; 0,0-di-iso-propil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-di-isopropil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforotiolato; 0,0-di-isopropil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforoditioato; 0,0-di-n-butil S-(N-metilcarbamoilmetil) fosforotiolato) neste ensaio e conforme os resultados achados da resistência variando de 7 a 545 vêzes, concluiu-se que nenhum dos inseticidas controlou os insetos da raça de moscas 49 r2, se comparadas com a raça CSMA, suscetível a qualquer inseticida experimentado. Os produtos fosforoditioatos dentre os produtos enumerados acima, foram mais tóxicos do que os produtos fosforotiolatos da mesma lista acima, quando esperávamos que acontecesse o contrário. Baseado nos dados de toxicidade da relação môsca resistente (49 r2)-(suscetível (CSMA)), de todos os produtos testados observa-se que a amidase nao foi envolvida no mecanismo de resistência, do contrário os valores resistência-suscetibilidade teriam sido pequenos para os produtos fosforotiolatos. Serão necessários estudos de metabolismo para se saber o que está determinando essa resistência no inseto em questão. Realizada a primeira parte dêste trabalho com a môsca doméstica resistente 49 r2, submetemos a môsca caseira resistente ao DDT, raça Biológico-SP à ação de inseticidas fosforados e clorofosforados para sabermos se a referida raça apresentaria resistência a êsse grupo de inseticidas, uma vez que nunca tinha sido tratada por êles. De todos os fosforados ou clorofosforados testados: fenitrothion, malatiom, diazinom, trichlorphon, dimetoato e Paratiom etílico, obtivemos os seguintes dados: a môsca doméstica raça Biológico-SP apresentou resistência, na qual não conseguimos mortalidade acima de 60% com o produto malatiom; do produto trichlorphon obtivemos 7 vêzes de resistência; dos produtos diazinom e fenitrothion 3 vêzes de resistência. Quanto ao inseticida dimetoato 1,02 vêzes de resistência (tolerância). A raça “Schwabeim-D” mostrou-se suscetível a todos produtos fosforados e clorofosforados, com exceção do produto paratiom etílico, para o qual ela é heterogênea, apesar de ter vindo como suscetível a todos os inseticidas. Desta forma a relação de resistência entre as raças Biológico-SP e Schwabeim-D, para o caso do inseticida paratiom etílico, não pôde ser feita. Na segunda parte do nosso trabalho viu-se que a resistência ao DDT, como é o caso da raça Biológico-SP, pôde determinar uma resistência aos produtos fosforados e clorofosforados anteriormente citados.