Poder discricionário e gerenciamento de resultados em cooperativas agropecuárias: uma aplicação no estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bortoleto, Fabiana Cherubim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-02122015-165329/
Resumo: Cooperativas são organizações econômicas que possuem propriedade dispersa e existem para enfrentar as falhas de mercado. Essas organizações se diferenciam pelo fato de que seus associados são tanto proprietários quanto usuários da estrutura da cooperativa. Nessas organizações o estabelecimento da propriedade ocorre entre os indivíduos e a cooperativa. Esses indivíduos (chamados de donos), assinando o contrato irão compartilhar os direitos formais de propriedade que garantem a ele a autoridade formal sobre a organização. O dono não possui toda a informação sobre o ambiente organizacional e/ou é incapaz de processáIlas eficientemente. Neste cenário, existem incentivos, para fins de eficiência econômica, aos proprietários delegarem parte de seu direito de controle a outro indivíduo para agir em nome deles. Em outras palavras, existem incentivos para se estabelecer uma relação de agência entre o principal (proprietário) e um agente (gestor) que possuirá a autoridade informal para gerenciar a organização. Se a organização é complexa e possui propriedade dispersa, como as cooperativas, a delegação que implica na separação da propriedade e da gestão gera melhores benefícios. Entretanto, no Brasil, especificamente no Estado do Paraná, 67% das cooperativas agropecuárias não desvinculam a propriedade da gestão, visto que há associados participando da gestão. O argumento dessas cooperativas é que a alocação de autoridade informal confere a estes indivíduos poder discricionário para agir em favor de maximizar o benefício coletivo dos outros membros, não agindo oportunisticamente. Uma das formas de se identificar o uso do poder discricionário é o chamado gerenciamento de resultados em que o gestor faz escolhas para modificar o resultado final divulgado pela organização dentro dos parâmetros contábeis aceitos. Portanto, o presente estudo tem como objetivo investigar se os gestores das cooperativas do Estado do Paraná fazem uso de seu poder discricionário, incorrendo em gerenciamento de resultados, para distribuir benefícios a todos os associados por meio da maximização da funçãoIobjetivo da cooperativa, validando o argumento de que um cooperadoIgestor é orientado para maximizar a utilidade coletiva, e não sua própria utilidade.