Estudo de alterações metabólicas ligadas ao vírus SARS-CoV-2 e ao uso de laser de baixa potência como terapia anti-inflamatória em zebrafish (Danio rerio)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alexandre, Leonardo Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75133/tde-17122024-162658/
Resumo: Em dezembro de 2019 na região de Wuhan, China, foi descoberta uma nova síndrome respiratória, causada pelo SARS-CoV-2. A doença, COVID-19, foi responsável pela mais recente pandemia levando mais de 6,8 milhões de pessoas a morte. Com uso de modelos animais de zebrafish (Danio rerio), que apresentam uma resposta inflamatória muito semelhante ao dos seres humanos, foi possível explorar mecanismos metabólicos ligados a inflamação causada pelo SARS-CoV-2. O organismo em estudo foi exposto a proteína spike da SARS-CoV-2 e ao peptídeo da variante delta. A terapia a laser de baixa potência também foi estudada como um possível tratamento anti-inflamatório. Para exploração das alterações metabólicas foi utilizado a abordagem metabolômica, que visa compreender um organismo a nível subcelular, em busca de mecanismos biológicos para compreensão da doença. Foram anotados 30 compostos para as alterações inflamatórias provocadas pela spike, esses compostos pertencem a 12 classes ligadas a nove rotas biológicas. A rota biológica mais afetada foi o metabolismo de glicerolipídeos, tendo triglicerídeos, diglicerídeos, monoglicerídeos e ácidos graxos como classes afetadas. As outras rotas pertencem a mecanismos de integridade de membranas e saúde celular, regulação hormonal e degradação de proteínas e rotas de sinalização ligadas a esses mecanismos. O laser de baixa potência apresentou um efeito de proteção contra as alterações provocadas pela spike, impedindo que ocorressem alterações nos compostos do metabolismo de glicerolipídeos e protegendo de forma parcial os demais mecanismos. Os espécimes expostos ao peptídeo da variante delta do SARS-CoV-2 não presentaram sinais de alterações metabólicas inflamatórias, contudo seu grupo de análise revelou alterações únicas do laser, para as quais foi possível anotar 43 compostos divididos em 10 classes. Essas classes em sua maioria se sobrepõe as classes protegidas pela ação do laser, indicando que o laser possui a capacidade de modular as alterações provocadas pela inflamação ligada a spike, podendo ser de grande auxílio no tratamento da doença.