Avaliação da ingestão de flúor através dos diferentes componentes da dieta e da escovação por crianças de 2-3 anos residentes em área fluoretada no Brasil: impacto nos níveis de flúor nas unhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Almeida, Beatriz Simões de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25141/tde-21032005-155411/
Resumo: A prevalência de fluorose dentária vem aumentando devido, principalmente, a quatro fatores: água fluoretada, dentifrícios fluoretados, suplementos e alimentos manufaturados. Sendo assim, muitos estudos avaliam a ingestão diária de flúor em crianças na idade de risco para fluorose dentária. Neste estudo, foi realizada a estimativa da ingestão de flúor a partir da escovação e da dieta. Porém, esta foi analisada separando os alimentos em 3 grupos: sólidos, leite e água, e os outros líquidos. Além disso, foram coletadas unhas, visando seu uso como biomarcador de exposição crônica ao flúor. Participaram 33 crianças na idade de 2-3 anos. O método da dieta duplicada foi realizado para sua coleta em duas estações do ano (inverno e verão) e em dois dias da semana (durante a semana e fim de semana). Houve também coleta de amostras da água consumida pelas crianças no mesmo período da dieta. As unhas das mãos foram coletadas em 3 momentos. As análises da concentração de flúor da dieta, dentifrício, escovação e unhas foram feitas com eletrodo específico (Orion 9409), após difusão facilitada por HMDS. A média (±DP) da ingestão de flúor a partir da dieta e da escovação foi de 0,025 ± 0,013 e 0,106 ± 0,085 mg F/Kg peso/dia, respectivamente, totalizando 0,13 mg F/Kg peso/dia. Houve correlação positiva ( r=0,971; p<0,0001) entre a quantidade de dentifrício utilizada (0,488 ± 0,303 g) e a de flúor ingerido por escovação (0,591 ± 0,445 mg). Dentre os grupos de alimentos, o leite e a água tiveram uma contribuição maior (0,184 ± 0,108 mg F/dia; p<0,0001) em relação aos alimentos sólidos (0,072 ± 0,045 mg F/dia) e aos outros líquidos (0,066 ± 0,043 mg F/dia). Não houve correlação entre a dose diária de flúor ingerido e a concentração de flúor da unhas das mãos (r=-0,052, p=0,810). Tais resultados indicam que a dose diária de flúor ingerido pelas crianças representa um risco para fluorose dentária. O dentifrício sozinho é responsável por 80% da ingestão de flúor, enquanto que o leite e a água são os maiores contribuintes dentre os constituintes da dieta. Pequenas variações na ingestão diária de flúor não alteram as concentrações de flúor das unhas das mãos.