Utilização de serviços na atenção básica a satisfação do usuário na saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Paula, Vanessa Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19012012-133749/
Resumo: A Saúde da Família, estratégia adotada pelo Ministério da Saúde para reestruturação da atenção à saúde, vem sendo implementada em todo país desde 1994, buscando a mudança do modelo assistencial vigente, porém tem sido identificada a necessidade premente de ações voltadas ao monitoramento e avaliação dessa estratégia. Um dos métodos de avaliação cabíveis nessa situação é a avaliação da satisfação do usuário que é o beneficiado direto da ação de saúde. Assim, este estudo de caráter exploratório-descritivo de abordagem quantitativa tem como objetivo identificar e analisar a utilização de serviços de saúde do Distrito de Saúde Oeste no município de Ribeirão Preto-SP, especificamente: Unidades de Saúde da Família (USF) e o Setor de Pronto-Atendimento da Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS) de referência distrital, com vistas à duplicação e ao uso simultâneo dos serviços de atenção básica na Estratégia Saúde da Família, como expressão da insatisfação dos usuários. A coleta de dados foi realizada em duas etapas, sendo a primeira de caráter mais extensivo tendo como fonte secundária as Fichas de Atendimento Médico (FAM) do Setor de Pronto-Atendimento da UDS para o mês de julho de 2010. A partir da análise dessas fichas segundo a distribuição territorial de residência dos usuários atendidos e a identificação de sua Unidade Básica de Saúde de referência, os dados da segunda etapa foram coletados. A segunda etapa constou da consulta, nas USF de referência, dos prontuários dos usuários que foram atendidos no Setor de Pronto Atendimento (PA) durante o mês de julho de 2010, identificando se o usuário havia recebido e o tipo do atendimento recebido (se médico ou de enfermagem) em sua USF de referência, o dia e horários deste, visando identificar a duplicação (utilização de mais de uma segunda vez do mesmo serviço para o mesmo problema de saúde) e o uso simultâneo da USF e da UBDS. A partir destes procedimentos se procedeu a análise do padrão de utilização dos serviços de saúde caracterizando a insatisfação do usuário quanto à atenção prestada. Para a análise dos dados coletados utilizou-se o programa SPSS, com o cálculo da frequência simples das variáveis selecionadas. Em um panorama geral observou-se um total de 13.226 atendimentos no mês de julho de 2010 no Setor de PA da UBDS de referência, sendo que 2.197 corresponderam aos atendimentos gerados por usuários oriundos das USF selecionadas para o estudo, sendo 75% desse total referentes a atendimentos médicos e apenas 25% de enfermagem. Dos 2.197 atendimentos demandados por 1.476 usuários, 51,7% foram realizados por mulheres, a faixa etária que apresentou maior percentual entre os usuários foi a de 20 a 30 anos, representando 17,8% do total de usuários, seguida por 15,2% de usuários com idade acima de 60 anos. Em relação ao horário de busca de atendimento em sua grande maioria 59,1% ocorreram no período de funcionamento das USF. Quando isolamos as USF observamos que a USF1 foi o serviço que demandou maior número de atendimentos (25,6%) ao setor de PA da UBDS de referência. Quanto ao uso simultâneo eles representaram 2,5% do total de atendimentos, realizados por 3,5% dos usuários, já para duplicação esse percentual sobre para 6,5% do total de atendimentos, realizados por 3,0% dos usuários. Estudos como este trazem outra perspectiva para avaliar a satisfação do usuário, traduzida na forma de como este pode utilizar o serviço sem precisar verbalizar a sua insatisfação ou satisfação com os serviços de saúde.