A máquina adhemarista: democracia e práticas eleitorais no começo da Terceira República em São Paulo (1947 - 1950)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amador, Rodney da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-01032024-114755/
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar as práticas eleitorais dos políticos paulistas no começo da Terceira República brasileira (1946 1964), tendo como marco o primeiro mandato de Adhemar de Barros, do PSP, como governador. A pesquisa tem como referencial teórico as novas abordagens a respeito do período, que considera os 19 anos entre a eleição de Eurico Gaspar Dutra, em dezembro de 1945 e o golpe militar de 1964 como a primeira experiência democrática do país, no qual ocorreram eleições competitivas para a maior parte dos cargos políticos, especialmente o de Presidente da República. O olhar sobre o caso paulista se justifica por dois fatores: em primeiro lugar, São Paulo em 1947 não elegeu um político dos maiores partidos do país (UDN e PSD), como os outros estados. Neste, ambos foram derrotados por um político e um partido de expressão regional que, a partir de São Paulo, projetou-se nacionalmente. O segundo ponto é que o caso de Adhemar de Barros não é perfeitamente explicado nem pela tese do populismo que destaca a relação direta do político com seu eleitorado nem pela prática do fazer eleitores no qual partidos alistam eleitores e mantêm seus votos, cuidando inclusive de levá-los ao local de votação. Esta pesquisa, por sua vez, destaca a rede de atores, em especial os chefes políticos do interior, que orbitavam em torno do governador e de seu partido e passaram a compor sua máquina política após a eleição de 1947 e o acesso a recurso do Estado. Para isto, a pesquisa lança mão de uma revisão bibliográfica sobre o período, bem como sobre a figura do chefe político local, uma análise dos dados relativos às eleições da época, disponibilizados pelos Boletins Eleitorais do TRE paulista e uma análise documental dos jornais da época, que narram as idas e vindas dos acordos entre os partidos da Terceira República. Por fim, o trabalho quer contribuir com o debate sobre democratização