Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Kosorus, Kátia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-18012023-164553/
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Resumo: |
Diabetes mellitus gestacional (DMG) é a intolerância a carboidratos diagnosticada pela primeira vez na gravidez e que não preenche critérios para diagnóstico de diabetes mellitus fora da gestação. É uma das complicações mais comuns no período gestacional, determinando risco aumentado para complicações perinatais, tocotraumas, pré-eclâmpsia, parto operatório; além de ser fator preditivo significativo para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 em longo prazo. Desta maneira, seu diagnóstico e tratamento no pré-natal são fundamentais. Objetivo: Identificar subgrupo de mulheres cujo diagnóstico de DMG poderia ser realizado pela repetição da glicemia de jejum (GJ) à época do teste oral de tolerância de 75 g (TOTG), sem necessidade da sobrecarga de glicose, conforme alternativa de rastreamento proposta pelo Ministério da Saúde. Métodos: Estudo retrospectivo do tipo caso- controle, com revisão de prontuários das gestantes com GJ menor que 92 mg/dL antes de 20 semanas de gestação e diagnosticadas com DMG por alteração no TOTG após 24a semana, atendidas na Clínica Obstétrica do HC-FMUSP entre janeiro de 2012 e dezembro 2019. As gestantes foram divididas em dois grupos: aquelas diagnosticadas por valores anormais na GJ do TOTG, independentemente dos resultados após a sobrecarga de glicose (grupo Jejum) e aquelas diagnosticadas por níveis alterados de glicemia apenas após a sobrecarga de 75 g de glicose (grupo Sobrecarga). Os grupos foram comparados quanto a variáveis clínicas e laboratoriais (idade, paridade, IMC pré-gestacional, DMG prévio, macrossomia fetal prévia, tabagismo, história familiar de DM, valor e idade gestacional da GJ antes das 20 semanas de gestação, doenças crônicas, uso de corticoide, idade gestacional no TOTG, valores do TOTG). Com base nas variáveis que mostraram diferença estatística entre os grupos, foi realizada análise de regressão logística e proposto modelo de identificação das gestantes que fariam o diagnóstico de DMG à época do TOTG, dispensando a sobrecarga de glicose. Resultados: Foram incluídas 677 gestações únicas na análise, 344 (50,8%) no grupo Jejum e 333 (49,2%) no grupo Sobrecarga. As variáveis idade materna, IMC pré- gestacional e valor da GJ no início do pré-natal foram diferentes entre os grupos, sendo incluídas no modelo de regressão multivariado. Foi empregada para avaliação do desempenho do modelo análise de curva ROC (receiver operating characteristic) cuja área sob a curva (AUC) foi de 0,660 (IC 95%; 0,6190,701; p<0,001). Com base no modelo, foi elaborada equação de probabilidade de diagnóstico de DMG sem a necessidade da sobrecarga de glicose. Conclusões: É possível identificar subgrupo de mulheres com maior probabilidade de ter o diagnóstico de DMG mesmo sem a realização da sobrecarga de glicose à época do TOTG, o que seria relevante nos cenários com recursos escassos e acesso limitado ao exame |