Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Rafaél Antônio Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-17102024-113652/
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Resumo: |
Esta dissertação aborda as ações de africanos muçulmanos que desempenharam os papéis de intermediários transacionais e representacionais entre a administração colonial francesa em expansão e as populações do Sudão ocidental isto é, os territórios banhados pelo alto rio Senegal e pelo alto rio Níger. Região de grande heterogeneidade linguística, os intermediários viabilizaram a comunicação entre militares e administradores franceses e falantes de línguas como fula, uolofe, bamanan, diúla, árabe, entre outras. Nessa tradução, os intermediários operavam a mediação cultural e política entre repertórios distintos em uma relação que se estabelecia assimetricamente. Nosso objetivo é compreender a maneira como estes intermediários mobilizaram a sua posição intervalar e ambígua, bem como os vácuos existentes entre o desconhecimento e o conhecimento pretendido que os franceses possuíam das populações locais e, de outra parte, o desconhecimento e o conhecimento pretendido que estas populações possuíam dos franceses. Para tanto, recorremos a um variado conjunto de vestígios do passado no presente. Em grande medida produzidos pelos franceses, esses vestígios como relatos de viagem, tratados, recolhas de contos ou tradições orais, artigos acadêmicos são peças da biblioteca colonial. Os intermediários africanos, que podiam ser formais ou ocasionais, permitem entender a agência de alguns africanos em face da violência do estabelecimento da dominação colonial, assim como as transformações profundas vivenciadas pelas sociedades que lidaram de maneiras diversas com essa modalidade de dominação até então desconhecida |