Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Redigolo, Carine Savalli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-16122009-161632/
|
Resumo: |
O estudo da comunicação animal-ser humano mediada por signos arbitrários concentrou-se tradicionalmente em chimpanzés, bonobos, golfinhos e papagaios. O cão doméstico (Canis familiaris), na medida em que adaptado pela domesticação à interação com o ser humano, constitui um modelo interessante para a análise dos processos de comunicação interespecíficos. Sofia, o sujeito do presente estudo, é uma cadela treinada a usar um teclado, pressionando teclas com símbolos arbitrários (lexigramas), para comunicar desejos (Rossi & Ades, 2008). A questão examinada aqui foi a capacidade de Sofia levar em conta, quando usa o teclado, os sinais de atenção do ser humano e o acesso visual deste ao teclado. Para tanto, foram realizadas três séries de experimentos. Na primeira série de experimentos Sofia devia escolher entre dois teclados idênticos, a partir do aspecto dos experimentadores que permaneciam em frente a cada um deles: (1) condição de orientação corporal (OC): um experimentador de frente, outro de costas; (2) condição de visibilidade dos olhos (VO): um experimentador com venda nos olhos, outro sem venda. Numa segunda série de experimentos, Sofia, depois de usar o teclado, devia escolher entre dois experimentadores para receber o pedido, (3) condição OCexp: um experimentador de frente, o outro de costas; (4) condição VOexp: um experimentador com venda nos olhos, o outro sem. Finalmente, na terceira série de experimentos, Sofia devia escolher entre dois teclados, um deles situado atrás de um anteparo opaco, fora do campo de visão do experimentador e o outro visível: (5) condição AA: anteparo opaco alto; (6) condição AB: anteparo opaco baixo; (7) condição AT: anteparo opaco baixo de um lado, anteparo transparente baixo do outro. Sofia não escolheu em proporção significativa o teclado próximo aos experimentadores que poderiam vê-la (OC, VO), entretanto escolheu significativamente o experimentador situado de frente a ela (OCexp) para receber o alimento, sem contudo manifestar preferência no caso VOexp, resultados que indicam que Sofia é capaz de levar em conta um sinal de atenção (posição frentecostas) quando se dirige diretamente para o experimentador. Nos experimentos com anteparos, observou-se escolha quase que total da alternativa sem anteparo ou com anteparo transparente (AA, AB e AT), resultado que demonstra a sensibilidade de Sofia à condição de acesso visual do experimentador ao teclado. |