Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Spolador, Humberto Francisco Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-09052006-170914/
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Resumo: |
O objetivo principal deste trabalho é medir e testar empiricamente a importância dos choques de oferta e demanda no vigoroso crescimento da agricultura brasileira, ao longo dos últimos trinta anos. Pressupõe-se que a agricultura brasileira tem o seu desempenho, relacionado não apenas a fatores microeconômicos ou setoriais - como tecnologia e condições específicas de mercado e apoio setorial governamental - mas também macroeconômicos: (a) políticas fiscal, monetária/creditícia e cambial e; (b) eventos de ampla repercussão econômica em âmbito nacional e internacional. Nem sempre há uma conjunção claramente favorável ou desfavorável desses fatores de distintas naturezas; assim, por exemplo, a rentabilidade de uma nova tecnologia pode ser prejudicada por uma valorização cambial. Dessa forma métodos especiais são necessários para estimar os efeitos de cada variável. Historicamente a agricultura brasileira sempre teve uma função relevante no que diz respeito ao crescimento econômico do país. A agricultura tinha que crescer em consonância ao crescimento da economia, ou seja, sem que se rompessem de forma severa o equilíbrio interno (nível de preços e grau de abastecimento) e/ou equilíbrio externo (geração de divisas necessárias para financiar importações ou pagamento da dívida externa). Tais equilíbrios nem sempre se verificam simultaneamente, e têm importantes impactos distributivos na economia de modo que: moeda supervalorizada pode ser compatível com abastecimento interno satisfatório, mas desequilíbrio externo grave; um caso como esse, por exemplo, é marcado por forte transferência de renda dos produtores para os consumidores nacionais. A hipótese central deste trabalho é que a maior parte do crescimento da agricultura brasileira, nos últimos trinta anos, pode ser atribuída a dois fatores gerais relacionados a dois tipos de choques sobre a agricultura: de demanda - originado a partir do mercado doméstico (renda) e, também, do mercado externo (taxa de câmbio) e de oferta - relacionado à produtividade do setor agrícola. Ao longo do tempo tanto a produtividade agrícola como a demanda agregada apresentaram tendência crescente; assim, entende-se que se os choques positivos (tendentes a aumentar a produção) de oferta predominarem em relação ao choque positivos de demanda (idem), a agricultura estará cumprindo com folga seu papel. Através da revisão da literatura, é realizado um levantamento sobre a participação da agricultura no equilíbrio macroeconômico do país, cujo interesse é caracterizar os cenários macro e microeconômicos da agricultura. Finalmente, estabelece-se um modelo econométrico, baseado na metodologia de Blanchard e Quah (1989), a fim de se verificar e mensurar os impactos do comportamento das variáveis macroeconômicas e microeconômicas sobre o crescimento da agricultura. Os resultados indicam que tanto os choques de oferta, como os choques de demanda, afetam permanentemente preço e produto agrícolas. As estimativas realizadas permitem concluir que a expansão do produto agrícola é explicado, em grande proporção, pelos aumentos de produtividade. A integração aos mercados internacionais foi essencial para assegurar a lucratividade e adoção contínua de novas tecnologias, que levaram a ganhos de produtividade. |