Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barifouse, Rafael Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-16012025-115639/
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Resumo: |
Esta dissertação focaliza a mobilização social que disputa o sentido político de gênero no Brasil. A mobilização em torno do enquadramento da ideologia de gênero é um fenômeno transnacional, com especial ressonância na Europa e na América Latina, e que assume uma dinâmica particular no Brasil. Esta pesquisa visa contribuir para a literatura sociológica sobre o tema investigando o caso brasileiro a partir da perspectiva da Teoria do Confronto Político. O argumento central da dissertação é que a campanha contra a ideologia de gênero no Brasil constituiu um contramovimento social. Procura-se demonstrar que se trata de uma reação ao progressivo reconhecimento das demandas dos movimentos feminista e LGBT pelo Estado brasileiro, a partir da redemocratização e, em especial, do governo Lula. Uma coalizão de grupos cristãos e laicos moralmente conservadores se organizou em uma reação a esta mudança, percebida como uma ameaça aos seus valores e hierarquias. Esta coalizão se consolidou como um contramovimento que disputou o controle da moralidade privada ao longo de uma década. A dissertação acompanha o confronto entre movimentos e contramovimento em torno dos direitos sexuais e reprodutivos desde o segundo governo Lula, quando a disputa se iniciou, até a eleição de 2018, quando o deputado Jair Bolsonaro, o candidato do contramovimento, foi eleito presidente do Brasil. Argumenta-se que os eventos de protesto de um lado e de outro variaram conforme a abertura e o fechamento de oportunidades políticas à ampliação de direitos sexuais e reprodutivos. A metodologia que orientou a coleta e sistematização de dados é a Análise de Eventos de Protesto, consolidada e amplamente usada em estudos na área de sociologia política. Esta metodologia orientou a construção de um banco de eventos de protesto em torno dos direitos reprodutivos e sexuais, a partir de notícias publicadas no portal G1, ao longo de uma década (2009-2018) |