Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Arruda, Caroline |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-18122019-164111/
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Resumo: |
A Própolis Verde Brasileira (PV) é um importante produto apícola, que apresenta importantes atividades biológicas, tornando-se valiosa no mercado internacional. O principal composto fenólico prenilado na PV é o artepelin C, juntamente com o seu ácido precursor, o ácido p-cumárico, ambos contribuem para os efeitos biológicos da PV. Levando isso em conta, avaliou-se o efeito da luz, temperatura e oxigênio do ar no teor destes compostos para se estabelecer as melhores condições de armazenamento e transporte para a PV bruta e para os compostos puros. Também foram avaliados o efeito do artepelin C, do ácido p-cumárico e seus produtos de degradação majoritários contra sete linhagens de bactérias orais, linhagens de células cancerígenas (AGP-01 e HeLa) e L. amazonensis (promastigotas e amastigotas). Para tanto, o artepelin C e o ácido p-cumárico foram submetidos à degradação por cinco dias sob luz solar e temperatura de 50 ºC, fornecendo três isômeros principais do artepillin C e um do ácido p-cumárico. Em seguida, foi desenvolvido e validado um método em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência de Fase Reversa (CLAE-FR) para quantificação destes compostos na PV bruta e em seus extratos. Nos estudos de estabilidade utilizou-se o Design Experimental Fatorial Completo e o Design Composto Central Rotacionado para se estabelecerem as condições desejáveis de armazenamento da própolis bruta e seus metabólitos. Os ensaios biológicos foram realizados in vitro. O artepelin C, puro e na PV deve ser mantido protegido da luz e armazenado a temperaturas inferiores a -2,5 ºC para se evitar degradação. O ácido p-cumárico pode ser armazenado à temperatura ambiente. Com relação aos efeitos biológicos, consideraram-se promissores os compostos com valores de IC50 abaixo de 10 µM, sendo que o ART4 e o isômero Z do artepelin C apresentaram efeito significante contra a linhagem AGP-01 de câncer gástrico e contra Leishmania amazonensis, especialmente contra as formas amastigotas. O ácido p-cumárico também apresentou atividade promissora contra amastigotas de L. amazonensis, enquanto o AC-1, seu isômero Z, foi eficaz contra as formas promastigotas. Estes compostos não foram citotóxicos para CHO-k1, uma linha celular normal, indicando que não são tóxicos para as células normais. Portanto, as melhores condições de armazenamento e transporte para se manter o teor de ambos os compostos na PV são proteção da luz e armazenamento a baixas temperaturas. Além disso, esses compostos são candidatos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos contra leishmaniose e câncer gástrico. |