Protetores bucais esportivos: avaliação da contaminação microbiana, da rugosidade superficial e da eficácia do spray de clorexidina como método de desinfecção, em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Yuri Jivago Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-03102022-175223/
Resumo: O objetivo do presente estudo clínico randomizado foi avaliar, in vivo, em protetores bucais esportivos: 1) A viabilidade celular bacteriana, com e sem tratamento com clorexidina, por meio do ensaio MTT; 2) A contaminação por 4 espécies bacterianas cariogênicas (S. mutans, S. sobrinus, L. acidophilus e L. casei), e a eficácia da utilização do gluconato de clorexidina a 0,12% sob a forma de spray, por meio da técnica de biologia molecular Checkerboard DNADNA Hybridization (CDDH); e 3) A rugosidade superficial pré e pós-utilização, com e sem tratamento com clorexidina, em microscopia confocal a laser. O estudo foi realizado com a participação de 20 pacientes de 9 a 13 anos de idade, de ambos os sexos, e constou de 2 etapas, com intervalo de 15 dias entre cada uma, de forma que todos os pacientes participassem tanto do grupo controle (água de torneira esterilizada), quanto do grupo experimental (clorexidina). Em cada etapa os pacientes receberam um novo protetor bucal (totalizando 2 aparelhos por indivíduo). Os pacientes de ambos os grupos foram orientados a usar o protetor bucal esportivo por 3 dias alternados, durante o treinamento esportivo (1 hora/dia), sendo a seguir processados pelas técnicas CDDH e MTT. A rugosidade superficial dos protetores bucais foi avaliada nos períodos pré e pós-utilização, com e sem tratamento com clorexidina, em microscopia confocal a laser. Os resultados obtidos foram analisados por meio do teste de Wilcoxon, teste t e teste de correlação de Pearson, utilizando o software GraphPadPrism 4.0 (GraphPad Software Inc). O nível de significância adotado foi de 5%. De acordo com os resultados obtidos, observou-se que houve redução significante (p<0,05) da viabilidade celular bacteriana após uso da clorexidina. Além disso, o spray de clorexidina ocasionou redução significante (p<0,05) nos níveis de contaminação por bactérias cariogênicas. Embora a rugosidade superficial tenha sofrido aumento significante após o uso dos protetores bucais (p<0,05), essa não foi influenciada pelo uso da clorexidina ou da água de torneira esterilizada. Observou-se correlação positiva moderada (r=0,59) entre a rugosidade superficial e o número de micro-organismos cariogênicos no grupo Controle, enquanto que no grupo Experimental essa correlação foi negativa e bem fraca (r=-0,03). Conclui-se que, após o uso por crianças, os protetores bucais esportivos apresentam intensa contaminação microbiana e maior rugosidade superficial. O spray de gluconato de clorexidina a 0,12% foi eficaz na redução dessa contaminação.