Manejo e viabilidade do pólen de Eucalyptus spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Sousa, Valderes Aparecida de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-165418/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologia adequada para coleta, extração, armazenamento e testes de viabilidade "in vitro" do pólen de Eucalyptus camaldulensis Dehn, Eucalyptus grandis Hill ex Maiden, Eucalyptus tereticornis Sm e Eucalyptus urophylla ST Blake. A coleta do pólen foi feita em flores em antese oriundas de ramos coletados com botões florais no início da abscisão do opérculo e mantidos em recipientes com água por 2 a 4 dias, em casa de vegetação. Dos métodos de extração estudados: a seco, em água, éter etílico, éter de petróleo e acetona, a extração a seco foi o método mais adequado. Foram utilizados os seguintes métodos de secagem: câmara seca (22°C constante) estufa (35°C e 40°C constantes) e a vácuo sob sílica-gel (temperatura ambiente). Verificou-se inteirações entre os mesmos e as espécies quanto a porcentagem de germinação do pólen. Apenas a secagem em estufa (40°C) mostrou-se prejudicial à maioria das espécies. A velocidade de secagem das estruturas estaminais variou entre as espécies, sendo maior para o E. urophylla e E. grandis e menor para o E. camaldulensis e E. tereticornis. Atribuiu-se esse comportamento a diferente natureza das espécies. O pólen seco a vácuo, em estufa (35°C) e sem secagem foi armazenado em "freezer" (-16°C) e em refrigerador o (4°C) em frascos de vidro (18 ml) hermeticamente fechados e colocados dentro de dessecadores. Após três meses de armazenamento verificou-se que a redução de umidade desempenhou papel importante na manutenção da viabilidade. A temperatura de -16°C foi mais adequada para o armazenamento quando acompanhada de redução de umidade do pólen. A viabilidade para todos os ensaios foi determinada através de testes de germinação "in vitro" empregando-se meio de cultura à base de ágar (0,8%) e sacarose (30%). Evidenciou-se também que a necessidade de quantidades adicionais de boro e cálcio depende de vários fatores dificultando a determinação de uma dose ideal. A temperatura de 25°C e umidade relativa de 99%, foram utilizadas na germinação do pólen, sendo 24 horas o período considerado corno o mais indicado para a avaliação de germinação. A viabilidade foi determinada através da contagem dos grãos germinados e não germinados em microscópio óptico com o aumento de 450 x em campos ao acaso sendo o procedimento mais adequado avaliar 300 grãos totais por repetição. A análise estatística foi feita através do x2 (qui-quadrado) devido a heterogeneidade das variâncias e a natureza binomial dos dados. A avaliação do comprimento do tubo polínico através do método de câmara clara mostrou não haver o efeito dos diferentes·tratamentos de secagem, todavia detectou-se variações existentes entre as espécies, sendo que o E. camaldulensis destacou-se com as maiores médias. Detectou-se diferenças entre a germinação para as espécies estudadas, onde o E. camaldulensis apresentou as maiores médias para grande parte dos ensaios.