Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Leonardo, Hudson Carlos Lissoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-18052020-111850/
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Resumo: |
Dada a riqueza hídrica do país e o expressivo aproveitamento desta na produção de energia elétrica, compreender a interação do solo com diferentes processos do ciclo hidrológico na escala da bacia hidrográfica, traz relevantes subsídios para a adoção de medidas voltadas à conservação do potencial hidrelétrico. Fatores como relevo, tipos de solos, uso, manejo e medidas conservacionistas nas bacias de contribuição dos reservatórios, têm influência não apenas sobre as taxas de assoreamento, mas também sobre a regulação da estabilidade sazonal das vazões dos afluentes, o que é associado ao escoamento de base dos rios. Informações detalhadas inerentes ao funcionamento físico-hídrico e hidráulico do solo in situ, suas relações com a recarga de aquíferos freáticos e as respostas hidrológicas da bacia hidrográfica, numa abordagem hidropedológica, ainda são escassas no Brasil, inclusive para solos já amplamente estudados como os Latossolos Vermelhos de ocorrência no centro sul do país. Assim, o presente estudo teve por objetivo compreender as relações entre o funcionamento físico-hídrico e hidráulico do solo, a recarga do nível freático e a produção de água em uma bacia hidrográfica de primeira ordem, localizada na margem esquerda do reservatório da Usina Hidrelétrica ITAIPU Binacional, a partir do estudo hidropedológico de uma das topossequências desta bacia e, da observação das respostas hidrológicas no canal fluvial. Os solos foram classificados como Latossolo Vermelho Distroférrico típico do terço superior ao inferior e, como Cambissolo Háplico Tb Distrófico no sopé da encosta. Para a caracterização físico-hídrica e hidráulica dos solos determinou-se: densidade do solo e dos sólidos, porosidade total, curvas de retenção de água no solo (0, 1, 3, 6, 8, 10, 33, 50, 100 e 500 kPa), macro, meso e microporos, micromorfometria dos poros por análise de imagens para a determinação do tamanho, forma e conectividade, condutividade hidráulica do solo saturado e não saturado e a densidade de fluxo de água no solo no sentido vertical. Os maiores valores da densidade de fluxo vertical foram quantificados do terço superior ao médio da topossequência, associados à menor expressão da transformação vertical e lateral da estrutura microagregada em estrutura em blocos subangulares, processo este observado entre os Latossolos. As respostas da oscilação do nível freático foram influenciadas pela magnitude da densidade de fluxo vertical. E os fatores de maior relevância para explicar as diferenças na densidade de fluxo quantificada ao longo da topossequência foram, a transformação da estrutura, a conectividade dos poros, o conteúdo de água no solo e a posição topográfica na encosta. O deflúvio da bacia hidrográfica caracterizou-se por apresentar escoamento de base dominante (BFI médio igual a 0,75), cujo comportamento foi associado à oscilação do nível freático, o qual respondeu de maneira diretamente proporcional à magnitude da densidade de fluxo vertical, indicando a influência do solo sobre a recarga do nível freático e, portanto, o papel do solo na realização de um relevante serviço ecossistêmico para a sociedade, isto é, a produção de água na bacia hidrográfica. |