Abastecimento de água e esgotamento sanitário da comunidade Água Branca do Cajari, Resex Cajari, AP: avaliação e formulação de alternativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rolim Neto, Raimundo de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-04042017-171453/
Resumo: Ao longo dos anos a implementação das políticas de saneamento básico no Brasil foram evoluindo gradativamente, porém as metas de universalização não serão alcançadas até 2030. Os piores índices historicamente se concentram nas regiões norte e nordeste, sendo mais acentuados nas áreas rurais. O Amapá é o estado mais preservado do país, abrange em seu território diversas modalidades de áreas protegidas e comunidades tradicionais, dentre elas a comunidade Água Branca do Cajari, localizada na Reserva Extrativista do Rio Cajari, objeto de estudo desta Dissertação, que consistiu na formulação e avaliação de alternativas para suprir a demanda de água potável e ao encaminhamento seguro dos esgotos sanitários. Para o alcance dos objetivos, foram realizadas duas campanhas de campo, com o intuito de conhecer o perfil social, econômico e ambiental da comunidade, através da aplicação de questionários e observação in situ, avaliação da qualidade das águas destinadas ao consumo humano, através de análises físico-químicas e microbiológicas e estimativas da geração de esgoto. A proposição das alternativas foi feita a partir do dimensionamento e avaliação dos custos de instalação, operação e manutenção ao longo do horizonte de planejamento de 20 anos. Os orçamentos foram elaborados a partir de dados disponíveis na literatura técnica e a composição dos custos por pesquisas de preço e fontes oficiais como o SINAPI. Treze poços freáticos são utilizados pela população que reside na parte alta da comunidade, enquanto os que moram na parte baixa, retiram diretamente do rio, adicionam polímero que adquirem informalmente para a clarificação das águas, em média 95% da população afirma realizar a desinfecção com hipoclorito de sódio, sendo que 41,1% da população tem acesso ao mínimo estabelecido pela ONU e 7,6% abaixo do recomendado. Estavam em não conformidade, de acordo como o que estabelece a Portaria n° 2.914/2011 do Ministério da Saúde, 75% das amostras analisadas para o parâmetro pH, 62,5% para turbidez, 90% para coliformes totais/Escherichia coli. Cerca de 82,3% do esgoto séptico gerado é encaminhado a fossas negras, e 13% das unidades domiciliares não dispõe de banheiro. O custo total dos sistemas foi de: sistema de bombeamento fotovoltaico 430.644,97 R$ (0,18 R$/hab.dia); aproveitamento de água de chuva de 432.236,72 R$ (0,19 R$/hab.dia); filtro lento domiciliar 7.326.27 R$; sistema de desinfecção solar (SODIS) 9.768,54 R$ e para o tratamento de esgoto sanitário unifamiliar, fossas sépticas \"Imhoff\" e sumidouro 434.371,32 R$ ou 0,19 R$/hab.dia. Portanto, verificou-se que as alternativas avaliadas são viáveis economicamente e operacionalmente. A efetividade da implantação das tecnologias de tratamento de água e esgoto em comunidades isoladas ou de difícil acesso na Amazônia devem ser precedidas de estudos socioeconômicos, ambientais e culturais.