Avaliação clínica de restaurações de cavidades classe I realizadas pela técnica do tratamento restaurador atraumático (ART) em comunidade de alto risco à cárie

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Bresciani, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-27112004-110154/
Resumo: Vários estudos realizados com o Tratamento Restaurador Atraumático citam porcentagens de sucesso próximas a de tratamentos odontológicos convencionais em curtos períodos de avaliação e em populações com baixos índices de CPOD. Este trabalho teve por objetivo avaliar o índice de sucesso de restaurações de ART, classe I, em populações com alto índice de cárie. O protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética local e obteve-se o consentimento livre e esclarecido dos responsáveis. Inicialmente foram analisados os índices de sangramento gengival (ISG) e placa visível (IPV), assim como a necessidade de tratamento e a condição bucal atual dos pacientes. Foram realizadas 155 restaurações de ART em molares permanentes de 96 pacientes, entre 7 e 12 anos de idade, da rede pública de ensino. Dois operadores treinados realizaram as restaurações de acordo com o manual de ART da OMS, em três meses. O material utilizado foi um cimento de ionômero de vidro convencional de alta densidade, o Ketac-Molar (3M ESPE). Os controles clínicos foram realizados em períodos de 6, 12 e 24 meses, sendo completados por documentação fotográfica. Os escores utilizados para avaliação foram os preconizados para a técnica. Somente quatro pacientes relataram sensibilidade pós-operatória e o grau de aceitação da técnica foi de 100%. O sucesso das restaurações foi 97,3, 93,7 e 89,6% respectivamente para 6, 12 e 24 meses. Não se verificou influência do operador no sucesso do tratamento (Q quadrado, p =0,28). Com relação ao alto índice de cárie, este parece exercer um papel negativo no sucesso das restaurações, devido ao grande número de recidivas de cárie (43% das falhas). Entretanto, não foram observadas diferenças entre os pacientes que obtiveram restaurações falhas e bem sucedidas quanto aos índices iniciais de cárie (Q-quadrado, p= 0,26)