Efeitos de reguladores vegetais no raleamento e na qualidade dos frutos da tangerina Clementina (Citrus reticulata Blanco) e do tangor Murcote (Citrus reticulata Blanco x Citrus sinensis Osbeck)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Vieira, Alcilio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20220207-183048/
Resumo: A tangerina Clementina e o tangor Murcote têm apresentado, nas condições do Estado de São Paulo, problemas relacionados com a produção de frutos com pequenas dimensões, sendo que o Murcote tem mostrado ainda alternância na produção. Para contornar estes problemas tem-se utilizado o raleamento manual dos frutos, possibilitando aumentos nas dimensões dos frutos remanescentes. Este raleamento, porém, mostra-se oneroso e difícil, o que faz com que muitos produtores não o utilizem. Nestas condições, a utilização de reguladores vegetais com a finalidade de promover o desbaste químico pode ser uma técnica que venha a facilitar este raleamento. Para se verificar a eficiência de reguladores vegetais no desbaste de frutos da tangerina Clementina e do tangor Murcote, foram conduzidos dois experimentos na Fazenda Sete Lagoas, localizada em Mogi Guaçu, Estado de São Paulo. Nestes experimentos foi estudado o efeito de reguladores vegetais na abscisão de folhas e frutos; peso, diâmetro e comprimento dos frutos; peso do bagaço e porcentagem de suco; espessura da casca e diâmetro das columelas; número e peso das sementes; sólidos solúveis totais, acidez e a relação sólidos solúveis totais/acidez. No primeiro experimento utilizaram-se 40 árvores de tangerina Clementina com 6 anos de idade. Quando os frutos possuíam diâmetro médio de 4,2 mm, aplicou-se o ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético (2,4,5-T) na concentração de 8 ppm, ácido 2,4,5-triclorofenoxipropiônico (2,4,5-TP) a 20 ppm, ethephon a 100, 200 e 300 ppm, ethephon a 100 e 200 ppm combinados com a uréia a 1%, ethephon a 100 ppm associado ao óleo mineral a 1% e ethephon a 200 ppm associado ao óleo mineral a 2%, além da testemunha. O segundo experimento foi realizado sobre 35 árvores de tangor Murcote com 7 anos de idade, quando as árvores estavam em florescência, antes da queda das pétalas. Aplicou-se o ethephon a 100, 200 e 300 ppm; ethephon a 100, 200 e 300 ppm combinados com uréia a 1%, além da testemunha. Nestes experimentos, os resultados obtidos permitiram concluir que: - a aplicação de ethephon a 200 ppm associado ao óleo mineral a 2% aumentou a porcentagem média de abscisão dos frutos da tangerina Clementina; - o ethephon a 300 ppm associado a uréia a 1% aumentou significativamente o peso dos frutos do tangor Murcote; - a pulverização com o ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético a 8 ppm aumentou significativamente o comprimento dos frutos da tangerina Clementina, sendo que a aplicação de ethephon a 300 ppm associado a uréia a 1% também aumentou o comprimento dos frutos do tangor Murcote; - os reguladores vegetais aplicados não afetaram a abscisão foliar, nem a porcentagem de suco, os teores de sólidos solúveis totais e a acidez dos frutos da tangerina Clementina e do tangor Murcote.