Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1978 |
Autor(a) principal: |
Ometto, Ana Maria Holland |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20220207-162141/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivos principais: analisar a adequação nutricional da alimentação de uma amostra de famílias da população paulistana e determinar dietas de custo mínimo adequadas no aspecto nutricional, palatáveis, e que observassem certos hábitos alimentares da referida amostra, Para isso utilizaram-se os dados obtidos pela Pesquisa de Orçamentos Familiares na Cidade de São Paulo realizada no período compreendido entre agosto de 1971 a julho de 1972, que levantou informações sobre a estrutura do consumo de 2380 famílias. Essas informações foram coletadas por família, mas apresentadas agrupadas em quatorze classes de renda familiar. A adequação nutricional da alimentação adquirida pelas famílias médias representativas de cada classe de renda foi calculada através da comparação das necessidades nutricionais dessas famílias com as quantidades de nutrientes fornecidas pela alimentação comprada. Para o estabelecimento das necessidades nutricionais optou-se pelas recomendações da FAO adaptadas para a temperatura anual média da região. Os resultados mostraram a relação direta existente entre renda e adequação alimentar p sendo que nas primeiras seis classes as deficiências nutricionais foram grandes, principalmente em ferro, retinol, tiamina e riboflavina. A seguir, utilizando-se da programação linear, calcularam-se dietas de custo mínimo que preenchessem as necessidades de nutrientes das família ias médias dessas seis classes de renda. As soluções ótimas obtidas, além de satisfazerem as recomendações nutricionais da população analisada, ainda apresentaram em todos os estratos de renda custos nitidamente inferiores aos da alimentação usual. Todavia, apresentaram limitações que impediam a sua aceitabilidade, tais como: pouca variedade aliada ao aparecimento de quantidades elevadas de um mesmo alimento e não inclusão de condimentos. Elaborou-se um segundo modelo, que além de considerar as necessidades nutricionais da população, ainda estabeleceu um conjunto amplo de restrições com o objetivo de conseguir cardápios estruturados de acordo com hábitos alimentares da população amostrada, palatáveis, com razoável variedade e adequadamente condimentados. As dietas obtidas através desse segundo modelo, apesar de consideravelmente mais caras que as resultantes do primeiro, ainda tiveram custo inferior ao da alimentação usual, exceto para a classe de menor poder aquisitivo. Embora não fosse possível testar a sua aceitabilidade, acredita-se que esta seja razoável, pois as restrições estipuladas visavam uma certa conformidade com a alimentação usual. O programa de computação utilizado forneceu, além das dietas de custo mínimo, uma análise de sensibilidade que indica as modificações que pode ter a solução ótima, em decorrência de alterações nos preços dos alimentos. |