Ajustes espectrais de populações estelares: uma análise de confiabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos Junior, Geraldo Gonçalves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-17082020-152002/
Resumo: O ajuste espectral pixel-a-pixel é uma técnica amplamente utilizada nos estudos de populações estelares. Ela permite ao usuário inferir valores para diferentes parâmetros (como idades e abundâncias químicas) a partir de espectros de luz integrada de objetos como galáxias e aglomerados de estrelas. Nesse trabalho, estudamos populações estelares de aglomerados globulares e examinamos o quanto a escolha do intervalo de comprimento de onda afeta os parâmetros ajustados. Utilizamos duas bibliotecas de espectros de luz integrada de aglomerados globulares e os ajustamos com modelos de população estelar simples utilizando o código Starlight. Fizemos testes usando diferentes regiões espectrais de modo a inferir valores de avermelhamento, idades, [Fe/H] e [alpha/Fe]. Comparando nossos valores com idades obtidas a partir de ajustes de isócronas e abundâncias químicas de espectroscopia de alta resolução, concluímos que: (1) os parâmetros ajustados variam dependendo do intervalo de comprimento de onda usado; (2) o método, no geral, retorna boas estimativas de avermelhamento, especialmente quando intervalos maiores são utilizados nos ajustes; (3) a região espectral mais adequada para determinação de idades, [Fe/H] e [alpha/Fe] dentre os intervalos testados são: 4170-5540 A, 5280-7020 A, e 4828-5364 A, respectivamente; (4) os valores de idade calculados para objetos pobres em metais podem ser muito menores que os obtidos por ajustes de isócronas. Concluímos que, dependendo dos parâmetros de interesse e da acurácia desejada, ajustar o maior intervalo possível de comprimento de onda pode não ser a melhor estratégia. Com as informações obtidas através dos estudos com aglomerados globulares, passamos então para a análise de luz integrada de galáxias. Aplicamos a técnica em uma amostra de espectros de regiões centrais de galáxias do SDSS de modo a inferir parâmetros de populações estelares desses objetos. Nossos valores mostram que galáxias elípticas tendem a ter populações estelares mais velhas e mais metálicas que galáxias disco. Analogamente, populações de bojos clássicos de galáxias espirais tendem a ter populações mais velhas e mais metálicas que pseudo-bojos.