Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Roscito, Juliana Gusson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-02022011-172520/
|
Resumo: |
A história evolutiva da tribo Gymnophthalmini (família Gymnophthalmidae) é caracterizada por modificações morfológicas relacionadas à evolução de planos corpóreos serpentiformes adaptados à vida fossorial. As adaptações apresentadas por estas espécies (especialmente o alongamento do corpo e a redução dos membros) são frequentemente observadas em diversos outros grupos de Squamata. A formação do padrão corpóreo é coordenada por uma rede de regulação complexa que atua durante o desenvolvimento embrionário e, muitas vezes, mudanças sutis nesta rede podem resultar em alterações fenotípicas drásticas, levando à mudanças evolutivas nas formas corpóreas. Neste contexto, o grupo Squamata é um ótimo modelo de pesquisa para estudos sobre a evolução das formas, já que diversas espécies apresentam morfologias fossoriais semelhantes (e independentes, do ponto de vista filogenético) que podem ter se originado a partir de mecanismos de desenvolvimento comuns, mostrando uma certa direcionalidade das pressões seletivas que agem sob os possíveis caminhos de desenvolvimento. Este trabalho analisa o desenvolvimento dos embriões de cinco espécies da tribo Gymno-phthalmini (Procellosaurinus tetradactylus, Vanzosaura rubricauda, Psilophthalmus paeminosus, Nothobachia ablephara e Calyptommatus sinebrachiatus), estabelecendo critérios para a determinação de estágios embrionário a partir da morfologia externa e analisando o desenvolvimento dos elementos de sustentação do crânio e dos esqueletos axial e apendicular de forma comparada, relacionando a morfologia ao hábito de vida. O hábito fossorial impõe pressões significativas ao corpo do animal, que apresenta modificações osteológicas para suportar tais pressões, como um crânio robusto, com elementos organizados de forma a proteger o encéfalo dos impactos da locomoção subterrânea, corpo alongado adaptado à locomoção por movimentos ondulatórios e membros reduzidos que não participam ativamente da movimentação. Também são apresentados dados preliminares sobre os possíveis processos responsáveis pela redução dos membros e pelo alongamento do corpo nas espécies fossoriais, relacionando as modificações do desenvolvimento à evolução do plano corpóreo serpentiforme. |