Tratamento prévio do solo com aditivos químicos e seu efeito sobre a qualidade do solo-cimento

• Ano de defesa: 1976
• Autor(a) principal: Freire, Wesley Jorge
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ADITIVOS; QUALIDADE; SOLO-CIMENTO; TRATAMENTO QUÍMICO
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-143845/

Este trabalho foi desenvolvido com a finalidade de se pesquisar o efeito que o tratamento prévio do solo com aditivos químicos exerce sobre a qualidade do solo-cimento, avaliando-a através da resistência à compressão simples; revestem-se de grande interesse, atualmente, as pesquisas orientadas no sentido de se descobrirem novos meios de tornar o solo-cimento mais econômico e, ao mesmo tempo, mais resistente, quer testando quer reconhecendo a eficiência de aditivos químicos sobre o comportamento do cimento Portland como estabilizante do solo. Para tal, foram pesquisados dois solos, a saber, um argiloso A,7-6(9) e um barro arenoso A2-4(0), e dois aditivos, a carboximetilcelulose, nas dosagens 0,1% e 0,25%, e o silicato de sódio (relação sílica-álcali igual a 3,2), a 0,6% e 1,2%, sendo os corpos de prova moldados com cimento Portland comum, ensaiados com dois teores e rompidos aos 7 e 28 dias. Uma vez tratados, os solos foram submetidos ao peneiramento a seco e determinados a estabilidade estrutural e Módulo de Finura dos agregados formados; foram determinadas, também, a composição e distribuição granulométrica, além dos limites de consistência e índices físicos, cujos resultados, juntamente com os do ensaio de compactação, permitiram caracterizar o efeito dos tratamentos. Posteriormente, foram escolhidos os teores de cimento para os ensaios de compactação e resistência à compressão simples do solo-cimento, de acordo com as normas de dosagem, procedendo-se, ainda, ao ensaio de absorção de água. Os dados obtidos foram estatisticamente analisados, e os resultados permitiram que se tirassem algumas conclusões. A resistência à compressão simples de corpos de prova de solo-cimento, em ambos os solos, foi consistentemente aumentada pelo tratamento com silicato de sódio; aumentou, também, com o acréscimo do teor de cimento e com a idade. O tratamento do solo argiloso com 0,25% de CMC (carboximetilcelulose) teve efeito negativo sobre a resistência à compressão do solo-cimento, enquanto que, no solo arenoso, tal tratamento não diferiu da Testemunha. O tratamento 1,2% de SS (silicato de sódio) que, no solo argiloso, diminuiu o limite de liquidez, o índice de plasticidade e o peso específico aparente seco, conferiu, ao solo-cimento, maior resistência; por outro lado, o tratamento 0,25% de CMC que aumentou o limite de liquidez e diminuiu o peso específico aparente seco de ambos os solos, afetou, negativamente, o valor da resistência à compressão do solo-cimento com solo argiloso, não diferindo da Testemunha, no solo arenoso. O tratamento 0,6% de SS que, em ambos os solos, aumentou o valor da densidade aparente máxima do ensaio de compactação do solo, apresentou maior resistência que o tratamento 0,25% de CMC, cujo efeito foi negativo. O tratamento do solo argiloso A7 (assim classificado pelo sistema da American Association of State Highway Officials) com silicato de sódio, fez com que este solo, usualmente contra-indicado para fins de solo-cimento, se transformasse em A4, agora um material de características regulares com relação ao seu comportamento em estradas de rodagem. Os tratamentos que reduziram a absorção de agua pelos corpos de prova de solo-cimento foram aqueles que apresentaram maior resistência compressão. Ambos os solos experimentados neste trabalho mostraram a viabilidade do tratamento prévio com silicato de sódio, como uma das medidas indicadas para o seu aproveitamento como solo-cimento.