Dimensão socioambiental e protagonismo da parturiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Conte, Aline Shirazi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-30042019-134614/
Resumo: Esta dissertação procura evidenciar a dimensão socioambiental do parto humanizado, com foco nos conceitos que permeiam a saúde da mulher e do seu protagonismo enquanto parturiente, revelando a importância do saber ambiental nas pesquisas sociais. Desde a caça às bruxas e a medicalização da saúde, culminando na retirada das parteiras no momento do parto, as mulheres vêm sofrendo controle e vigilância dos seus corpos e lidam frequentemente com autoritarismos médicos e violências obstétricas. Ao longo da história da humanidade, a mulher vem sendo inferiorizada nos mais diversos campos de atuação e do conhecimento, ocupando poucos cargos políticos, além disso sofrem feminicídios, estupros, violências, sendo as mais prejudicadas pela industrialização e pela deterioração do ambiental natural. Ou seja, é subjugada diante de diversos elementos socioambientais, demonstrando a necessidade de um olhar mais apurado, empático e científico para a importância de seu protagonismo para os diversos níveis da construção humana. Pensar a dimensão socioambiental que agrega a mulher na hora do parto é um importante olhar para integrar as problemáticas sociais e ambientais. Agregando textos de autores de diversos campos do conhecimento, como biologia, filosofia, geografia humana e ciências sociais, procura-se estabelecer um diálogo com tais estudos, culminando na análise do protagonismo da parturiente como um evento significativo do socioambientalismo, que, aliado a determinados movimentos sociais, é capaz de produzir efeitos para além de si, promovendo não apenas uma melhoria no bem-estar da parturiente e do bebê, mas modificando estruturalmente o funcionamento das instituições e da sociedade como um todo