Uma contribuição ao estudo da microestrutura dos ferros fundidos refundidos superficialmente por laser.

• Ano de defesa: 1997
• Autor(a) principal: Lima, Milton Sergio Fernandes de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Cast iron; Ferro fundido; Solidificação; Solidification
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-11122024-110649/

A técnica de refusão a laser, com um laser de potência de \'CO IND.2\', foi utilizada para estudar as transições microestruturais em ligas Fe-C-Si de alta pureza, com teores de silício variando entre 1,0 e 4,3 por cento em peso. O feixe laser deslocado a uma velocidade entre \'5.10 POT.-5\' e 0,2 m/s. As medidas das dimensões microestruturais e a determinação das velocidades onde se observam transições morfológicas da frente de solidificação foram realizadas por microscopia óptica e eletrônica. Verificou-se que as microestruturas dos materiais refundidos a laser variam bastante conforme varia-se a velocidade de solidificação local. Velocidades de solidificação crescentes deram origem às seguintes microestruturas: austenita com interface de crescimento plana, eutético ferro-grafita, eutético ferro-cementita com interface plana, eutético ferro-cementita com interface celular e dendritas de austenita. As velocidades críticas onde ocorreram as transições entre as diferentes morfologias de crescimento foram determinadas experimentalmente e comparadas aos resultados teóricos. Os resultados teóricos, obtidos por simulação em computador, se aproximam dos resultados experimentais das velocidades críticas de transição. Ainda, os resultados dos espaçamentos primários entre as dendritas e o espaçamento interlamelar no eutético foram previstos satisfatoriamente pelo modelo de crescimento empregado. Os resultados dos ensaios com velocidade de varredura dolaser da ordem de 50 \'mü\'/s, em ligas de composição pró-eutética, não apresentaram uma boa concordância com os resultados das simulações. Este desacordo, entre os modelos e os resultados experimentais dos ensaios a baixa velocidade, foi explicado como uma consequência da segregação de solutos durante a solidificação.