Biorreatores de imersão temporária e LEDs no cultivo in vitro de Alstroemeria \'Albatroz\'

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Pereira, Lília Castro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Bioreactor; Biorreator; Chlorophyll; Clorofila; Espectros de Luz; Light Spectra; Micropropagação; Micropropagation; Rhizome; Rizoma
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-27082024-112459/

A cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais assume um papel de destaque no cenário global do agronegócio, gerando bilhões de dólares anualmente e posicionando o Brasil entre os 15 principais produtores do mundo. No segmento de flores de corte, as cultivares do gênero Alstroemeria L. são reconhecidas pela exuberância de suas flores, concorrendo com as rosas como as espécies mais cultivadas e comercializadas. A crescente demanda por mudas de alta qualidade, caracterizadas por um padrão genético e fitossanitário elevado, coloca em evidência a técnica da micropropagação como um instrumento crucial. Nesse contexto, torna-se imperativo conduzir estudos visando aprimorar o cultivo in vitro dessa espécie, agilizando o processo de obtenção de mudas com qualidade fitossanitária garantida. A aplicação de biorreatores associados aos efeitos da qualidade luminosa com o uso de diodos de emissores de luz (LEDs), já reconhecidos por sua viabilidade e eficácia em outras culturas, foi investigada neste projeto, com a perspectiva de avaliar sua eficácia para a espécie. O principal objetivo deste estudo foi aprimorar os métodos de propagação de mudas da Alstroemeria Albatroz por meio da técnica de micropropagação in vitro, durante a etapa de multiplicação, utilizando um sistema automatizado que incorpora biorreatores de imersão temporária. Além disso, investigou-se o impacto de diferentes espectros luminosos provenientes de lâmpadas LEDs durante o cultivo das plantas. Duas condições de cultivo: meio semissólido e biorreatores do modelo RITA®, e quatro espectros luminosos (100% branca (CW); 100% vermelha 645-675nm (100R); 100% azul 450-465nm (100B) e 70% vermelha + 30% azul (70R30B), ajustados para 50 mols m-2s-1 de intensidade luminosa) foram comparados, totalizando 8 tratamentos, todos sob temperatura de 23°C ± 2 e fotoperíodo 16 h. A influência dos diferentes espectros luminosos no desenvolvimento e crescimento das plantas foi avaliada após 60 dias de cultivo. O uso do biorreator resultou em melhorias significativas em várias métricas de crescimento das plantas, incluindo número de brotos, gemas, comprimento dos rizomas, taxa de proliferação, massa fresca e seca. Quando associado a diferentes espectros de luz, o biorreator juntamente com o LED vermelho influenciou positivamente o número de gemas, brotações, tamanho dos rizomas e taxa de proliferação, além de favorecer o teor de carotenoides no meio semissólido. Por outro lado, o LED azul foi eficaz para aumentar as concentrações de clorofila em biorreator, e em alguns períodos específicos durante a micropropagação. Conclui-se que o biorreator é promissor na micropropagação de alstroeméria, contudo, mais pesquisas são necessárias para determinar o melhor espectro luminoso a ser utilizado. Espera-se, assim, que esta pesquisa possa contribuir significativamente para o aumento da eficiência e da produção de mudas de Alstroemeria Albatroz, beneficiando a indústria de flores e plantas ornamentais.