Invenção do possível: o uso e a produção de filmes nas aulas de história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mauricio, Danielle Monari Takimoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28012011-131206/
Resumo: O presente trabalho é resultado de uma experiência pedagógica sobre a utilização e a produção de filmes nas aulas de História, realizada entre os anos de 2007 e 2008, com alunos do 9o ano do ensino fundamental de duas escolas da rede particular de São Paulo. Durante este período, a produção cinematográfica foi utilizada de duas maneiras: como objeto de análise e como modalidade narrativa. Na primeira, o objetivo foi a alfabetização do olhar; as obras foram exploradas em seus elementos constitutivos enredo, personagens, trilha sonora, cenários, montagem, tomadas de câmera, símbolos presentes nas cenas etc. , abordando-os tanto individualmente como de modo relacional e estudando seu papel na construção de uma narrativa coesa. Na segunda, os alunos produziram um filme ficcional, tendo como recorte histórico os governos de Getúlio Vargas e utilizando os estudos a respeito dos recursos do cinema como linguagem nas várias etapas da produção: seleção de recorte temático, elaboração de um discurso e sua transformação em um roteiro possível construção do enredo, personagens e elementos de cena , filmagem, seleção da trilha sonora, montagem, colocação dos créditos. A técnica escolhida foi o sequenciamento de imagens por computador, por ampliar as possibilidades de criação para além da atuação de pessoas na tela, bem como por favorecer a utilização de mídias na escola. Diante da rigidez da constituição de um currículo para o ensino de História, que afasta o aluno de sua ação social, pôde-se perceber que a realização deste trabalho permitiu que tivessem uma leitura mais aberta da História, ampliando o seu repertório frente ao ensino e à escola, pois nos filmes, mesmo quando aparentemente havia uma reiteração de uma memória de reprodução de informações, notava-se a presença de mensagens aludidas e até alegóricas, ou seja, a crítica foi potencializada por meio da especificidade da linguagem do cinema. O resultado não foi a relativização do ensino de História, e sim a realização de um exercício através do qual, a partir da realidade presente e das representações que os alunos possuíam ou adquiriram no interior e fora da escola, houve uma valorização do conhecimento.