Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Flávia Morais Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-20052009-144805/
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Resumo: |
O insucesso nos procedimentos cirúrgicos ortopédicos em razão de infecção pode levar a consequências desastrosas como a osteomielite e a perda de próteses implantadas. A infecção hospitalar é um desfecho de causa multifatorial, na qual a esterilização segura do instrumental cirúrgico ocupa uma posição de extrema importância. Não se sabe até o momento quais os reais desafios microbiológicos que a Central de Material e Esterilização (CME) vem enfrentando ao reprocessar a diversidade dos materiais utilizados nos procedimentos cirúrgicos. Micro-organismos com capacidade para esporular estão presentes em quantidade e frequência significativa? Sabe-se que estes se constituem como desafio mensurável na prática da esterilização, fazendo parte de indicadores biológicos. O objetivo desta pesquisa foi determinar e analisar a carga microbiana recuperada do instrumental cirúrgico, após uso em cirurgias ortopédicas, quantificando e identificando o gênero e a espécie do crescimento de bactérias e fungos. A investigação caracterizou-se como uma pesquisa exploratória, de campo e transversal com abordagem quantitativa. As amostras foram coletadas no Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com técnica asséptica, depositando-as individualmente em um saco plástico previamente esterilizado, adicionando 500 mL de água de injeção. Para obtenção da carga microbiana, o instrumental foi sonicado em lavadora ultrassônica (US) por três sessões de 5 segundos cada e, consecutivamente, agitado por 5 minutos para complementar a extração da carga microbiana potencialmente presente na superfície dos materiais (externa e internamente). Em seguida, os lavados foram divididos em três partes iguais e submetidos à filtração em filtro Millipore® de 0,45 µm. Cada membrana foi cultivada em meio apropriado para o crescimento aeróbio, anaeróbio e fungos/leveduras. Para a identificação dos micro-organismos, foram utilizados kits e testes de identificação utilizados na rotina laboratorial de microbiologia clínica. Os resultados demonstraram que os três diferentes potenciais de contaminação apresentaram crescimento microbiano. Nas cirurgias limpas, 47% do instrumental estavam contaminados e o micro-organismo mais prevalente foi o Staphylococcus coagulase negativa (28%), seguido do Bacillus subtilis (11%). Nas cirurgias contaminadas e infectadas, houve um crescimento, de aproximadamente, 70% e 80%, respectivamente nos instrumentos, sendo maior o crescimento do Staphylococcus coagulase negativa (respectivamente, 32% e 29%) e Staphylococcus aureus (respectivamente, 28% e 43%). Considerando que os gêneros Bacillus e o Clostridium são capazes de esporularem, concluiu-se que a CME enfrenta um desafio ao precisar eliminar micro-organismos capazes de esporular, em uma densidade 102 UFC, menor que a dos indicadores biológicos e, aproximadamente, 78% dos micro-organismos recuperados foram bactérias vegetativas com sua curva de morte em torno de 80 ºC |