Proposta e avaliação de programa fonoaudiológico para trismo durante radioterapia em câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marrafon, Caroline Somera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-19062017-142411/
Resumo: Introdução: O tratamento de indivíduos com câncer de boca e orofaringe por meio de cirurgia seguido de radioterapia (RT) associada ou não à quimioterapia levam a prejuízos funcionais transitórios ou permanentes. Uma das possíveis alterações é o trismo, definido como restrição na abertura da boca. Objetivo: Propor e avaliar o resultado de programa terapêutico fonoaudiológico para trismo em pacientes pós cirurgia de câncer de boca ou orofaringe durante radioterapia. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo envolvendo 15 indivíduos com diagnóstico de câncer de boca ou orofaringe, em acompanhamento ambulatorial no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e no Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), seguidos por radioterapia complementar após cirurgia. Foram considerados como critérios de inclusão pacientes adultos ou idosos no pós-operatório com ou sem esvaziamento cervical aguardando início da RT adjuvante conformacional em três dimensões, ou que completaram até no máximo a quinta sessão. Critérios de exclusão: indivíduos que não concordaram em participar do estudo; faltaram em duas ou mais sessões do programa; necessitaram de internação hospitalar; suspenderam a RT por indicação médica; foram submetidos a RT convencional em duas dimensões ou intensidade modulada (IMRT); realizaram ressecção total da mandíbula; apresentaram doenças com impacto funcional nos órgãos fonoarticulatórios e/ou alterações cognitivas que comprometeriam a execução dos exercícios propostos no estudo. Os participantes foram divididos em grupo estudo (GE: 10) e grupo controle (GC:5), com os seguintes momentos de análise: avaliação clínica inicial em ambos os grupos e reavaliação após término do programa terapêutico fonoaudiológico de 10 sessões para o GE e também em período semelhante sem a intervenção para o GC. O protocolo de avaliação clínica foi composto por anamnese e avaliação estrutural da musculatura orofacial, incluindo dados de mensuração da abertura máxima da mandíbula utilizando paquímetro, classificados por Thomas et al. (1988); aplicação do protocolo de qualidade de vida (QV) FACT-HeN e questionamento quanto presença de dor na face e pescoço. O programa terapêutico no GE consistiu de 10 sessões durante a RT para orientação e monitoramento dos exercícios de mobilidade e tração mandibular, a serem realizados três vezes ao dia pelo paciente. Foi realizada análise estatística por meio dos testes de Wilcoxon, Mc Nemar e Mann-Whitney. Resultados: Não houve diferença entre as medidas de abertura máxima da mandíbula pré e pós programa entre os grupos. Entretanto, houve melhora significante em relação ao parâmetro medida de abertura máxima mandibular comparando-se o pré e pós tratamento no GE. Para as demais análises envolvendo QV, presença de dor e avaliação estrutural da musculatura orofacial, não houve diferenças inter e intra grupos. Conclusão: Não houve diferenças entre o GE e GC em relação a abertura máxima de mandíbula, QV e presença de dor. No entanto, houve melhora significante em GE quanto à abertura máxima de mandíbula após a intervenção