Não narrarás esta nação: negritude, branquitude e masculinidades na obra Recordações do Escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mariano, José Victor Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-09022024-171834/
Resumo: Considerando a importância dos estudos das masculinidades nos debates da nação brasileira, analisaremos o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, do escritor Lima Barreto, com o intuito de identificar como o dado da masculinidade vincula-se ao projeto nacional republicano do final do século XIX e início do século XX. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é demonstrar como a masculinidade nacional é constituída a partir dos sistemas representacionais sociais da branquitude e da negritude, identificando assim como diferentes sujeitos assimilam os modelos de práticas sociais do universo masculino. Para isso, faremos uma leitura crítica do romance enfatizando a posição dúbia do mestiço na malha racial nacional e sua conflitiva incorporação à masculinidade hegemônica a fim de identificar como os ideais nacionais são emulados e emparelhados aos discursos, conhecimentos e narrativas vinculadas à experiência do sujeito europeu, - etnicamente demarcado, enraizado no universo masculino e que tem a heterossexualidade compulsória como fonte principal do agenciamento do desejo.