Solidão povoada: a representação do ortônimo na obra de Fernando Pessoa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Vasconcellos, Lisa Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-20102011-100410/
Resumo: O presente trabalho procura contemplar a representação da figura que tradicionalmente conhecemos pelo nome de ortônimo, dentro da obra de Fernando Pessoa. Segundo os mais recentes estudos sobre o assunto, esse sujeito tem, na ficção heteronímica, um estatuto semelhante ao de Caeiro, Campos ou Reis. Nossa hipótese vai no sentido contrário e defende que, diferentemente dessas três personagens, o ortônimo é portador de uma dupla natureza compartilhando, ao mesmo tempo, o estatuto de autor e personagem. Para explicar como isso se dá fazemos uma análise dividida em duas partes. Na primeira, nos detemos na prosa de Pessoa, procurando delimitar o papel do ortônimo dentro da ficção heteronímica. Na segunda, fazemos um estudo comparativo entre certos aspectos da poesia heteronímica e ortonímica, procurando mostrar como estatuto do eu que fala nessa última se afasta do mundo ideal dos heterônimos para figurar uma experiência literária que, em última instância, propõe uma reflexão a respeito do papel do autor dentro da obra.