Caracterização da seca agronômica através de novo modelo de balanço hídrico, na Região de Laguna, Litoral Sul do Estado de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Braga, Hugo Jose
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20210918-215821/
Resumo: No presente trabalho estuda-se o problema da ocorrência da seca agronômica na Região de Laguna, Litoral Sul do Estado de Santa Catarina. A caracterização da seca agronômica efetivou-se pelo critério de 'dias secos consecutivos' determinados através de um novo modelo de balanço hídrico, desenvolvido a partir da junção de diversos métodos, teorias e critérios existentes, como aqueles utilizados por VAN BAVEL e WILSON (1952), VAN BAVEL (1953), THORNTHWAITE e MATHER (1955), DENMEAD e SHAW (1962) e FAO (1979). Para aplicação desse modelo, utilizaram-se os níveis de capacidade de água disponível máxima de 18 mm, 38 mm, 50 mm, 100 mm e 175 mm, obtidos pela amostragem de quatro solos ocorrentes na região em estudo, em três profundidades básicas, fazendo-se a determinação das suas curvas características de água. O método desenvolvido, denominado de Balanço Hídrico Modificado (BHM) e a caracterização da seca agronômica correspondente, levaram em consideração não apenas o teor de umidade no solo, mas também o conceito de água livremente disponível, como função da demanda atmosférica e da espécie vegetal. Para a obtenção da evapotranspiração potencial - ETP, como elemento de estimativa da perda d'água da superfície vegetada para a atmosfera, utilizou-se da equação de PENMAN simplificada, segundo metodologia usada por VILLA NOVA e OMETTO (1981), depois de modificada e adaptada de acordo com os parâmetros mensais pertinentes à região em estudo. Dessa forma, estimou-se a ETP média diária para cada mês e ano da série de 26 anos utilizada (1955-1980). Após verificar-se que as frequências do número mínimo de dias secos consecutivos apresentavam distribuição normal, a partir das contagens dos 'dias secos consecutivos', obtiveram-se as probabilidades te6ricas de ocorrência de um dado número mínimo de dias secos consecutivos por períodos quinzenais, mensais e trimestrais. De posse das relações entre as probabilidades teóricas e o número mínimo de ocorrência de 'dias secos consecutivos' (Retas), obtiveram-se gráficos apresentado o número mínimo de dias secos possíveis de ocorrer em cada quinzena de cada mês do calendário, para cada CAD, aos níveis de 10%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60% e 80% de probabilidade teórica. Verificou-se, assim, que os períodos que apresentam maior severidade quanto a seca agronômica, correspondem aos meses da primavera-verão, ou seja, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março, mesmo para solos com uma capacidade de água disponível máxima - CAD de 175 mm, na região estudada.