África, axis mundi: uma leitura d\'O quase fim do mundo de Pepetela 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Kelly Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-26102012-095802/
Resumo: O escritor angolano Pepetela possui em sua produção literária a obra O quase fim do mundo (2008), na qual cria condições para o reinício da humanidade a partir de poucos sobreviventes a uma hecatombe, o que a faz ser inserida no rol de discursos escatológicos. Seu diferencial, a nosso ver, estará nas discussões suscitadas quanto à realidade africana, em especial de Angola. Nesse sentido, há no romance a formação de uma sociedade a partir de valores principalmente africanos, já que África surge como o espaço central da nova era - são desse continente, em sua quase totalidade, os indivíduos selecionados e ali reconstroem suas vidas e o passado que ficará como História. Paralelamente, é possível relacionar a narrativa e seus elementos à formulação de uma nova utopia, desta vez priorizando características próprias em detrimento daquelas importadas (a não ser que relidas sob a ótica local). No entanto, o autor sabe da complexidade da empresa e não se furta a apontar e problematizar entraves. Com o livro OQFM, Pepetela volta a pôr em pauta os rumos e os projetos de seu país, situando-o na produção estético-política da literatura angolana de língua portuguesa.