Uma análise das relações de custo de produção na cultura do algodoeiro em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1973
Autor(a) principal: Yamaguishi, Caio Takagaki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-154130/
Resumo: O presente estudo se propôs a analisar o custo de produção da cultura do algodoeiro e suas relações econômicas em região produtora do Estado de São Paulo. Os objetivos específicos foram: a) determinar os custos fixo médio, variável médio e total médio da produção de algodão, em cruzeiros por arrôba (15 quilos); b) analisar as estruturas de custos fixo, variável e total; c) estimar as relações existentes entre custo total médio e área cultivada, produção total e rendimento cultural; d) estimar a relação entre custo variável médio e rendimento cultural; e) estimar a área cultivada, produção total por propriedade e rendimento cultural correspondentes, em cada caso, ao mais baixo custo unitário de produção. O estudo foi realizado no Município de Leme e as informações básicas foram obtidas através de entrevistas com os cotonicultores de uma amostra extraída ao acaso à partir do rol dos compradores de sementes na Casa de Agricultura local, durante o ano agrícola 1964/65. A análise tabular da estrutura dos custos mostrou que os principais itens que oneram o custo de produção de algodão são: terra, com 25,56%; mão-de-obra, com 22,30%; e fertilizantes, com 16,12%. O custo total médio por arroba, estima do em Cr$5,83, foi superior ao preço médio de venda do produto, Cr$4,54. O custo variável médio, estimado em Cr$ 3,18 por arroba, representou cerca de 55% do custo total médio. O resultado econômico negativo dos empresários deveu-se aparentemente às condições climáticas adversas para o algodão naquele ano, tanto é que o rendimento cultural foi o pior observado no período de 1960-70 em São Paulo. A análise dos custos, com estratificação em classes de rendimento, mostrou claramente tendência de declínio dos custos à medida que se encaminhava para as alasses rendimentos maiores. A participação relativa da mão-de-obra de maior nas classes de rendimentos superiores, provavelmente devido à maior demanda na colheita, totalmente manual na época da pesquisa. Para se estimar as relações de custo, o modelo matemático escolhido foi a equação de segundo grau, assim representada: Y&#770;1 = a + b Xi + c X2i (i = 1, 2, 3 ) Y&#770;2 = a + b X3 + c X23 Nessas equações de regressão, Y&#770;1 representa o custo total médio em cruzeiros por arroba de algodão em caroço; Y&#770;2 é o custo variável médio em cruzeiros por arroba; Xi representa a variável independente, sendo X1 = área cultivada em hectares, X2 = produção total em arrobas e X3 = rendimento em arrobas por hectare. O ajustamento das regressões foi feito pelo método dos quadrados mínimos através do computador da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. A estimativa do ponto de mais baixo custo unitário foi obtida satisfazendo-se as condições: d Yj&#9585;d Xi</small = 0 e d2 Yj&#9585;d X2i > 0. Os resultados obtidos nos ajustamentos das equações foram: Custo Total Médio em Função da Área Cultivada Y1 = 8,9657 - 0,10489 X1 + 0,00093449 X21 R2 = 0,04467) Custo Total Médio em Função da Produção Total Y1 = 10,6777 - 0,0038405 X2 + 0,0000005836 X22 (R2 = 0, 2289) Custo Total Médio em Função do Rendimento Cultural Y1 = 23,67313 - 0,54924 X3 + 0,0037389 X23 (R2 = 0,83404) Custo Variável Médio em Função do Rendimento Cultural Y2 = 10, 75283 - 0,22596 X3 + 0,0014646 X23 (R2 = 0,79011)