A eletrificação rural com sistemas individuais de geração com fontes intermitentes em comunidades tradicionais: caracterização dos entraves para o desenvolvimento local

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ribeiro, Tina Bimestre Selles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/86/86131/tde-20082010-131451/
Resumo: A partir do processo de implantação dos sistemas fotovoltaicos SIGFI 13 na comunidade do Varadouro, isolada na floresta tropical do litoral sul do Estado de São Paulo, este trabalho identificou e caracterizou os principais entraves para difusão e adoção dos mesmos, com vistas ao desenvolvimento local e à melhoria da qualidade de vida. A fundamentação se baseia em referências teóricas sobre temas como comunidades tradicionais, exclusão social, atendimento de serviços públicos, dificuldade de implementação de projetos em comunidades isoladas e no relato da prática de experiências semelhantes em outros países. O método utilizado para pesquisa na comunidade foi o estudo de caso, que constou de revisões bibliográficas sobre trabalhos na região, visitas a campo e entrevistas com atores que trabalham na área. Os dados coletados foram analisados em uma abordagem voltada a compreender: a existência de barreiras no processo de implementação dos sistemas; os aspectos a considerar na superação dessas barreiras; e fatores positivos resultantes da implementação de tecnologia nessa comunidade tradicional. Os novos sistemas mostraram-se importantes e capazes de gerar sentimento de inclusão. Alguns usuários reclamam de não poder usar geladeira, sem, contudo, perder interesse pelo sistema disponível. A principal barreira diz respeito à falta de capacidade de organização dos moradores em prol de um objetivo comum e coletivo. Para a comunidade se desenvolver, não basta o acesso à energia. É preciso que sejam supridas suas necessidades básicas, tais como, saneamento básico, educação, saúde, transporte e acesso à comunicação, que são responsabilidade de Estado. Esta pesquisa conclui que o processo social de eletrificação rural através de tecnologia fotovoltaica é uma iniciativa que trás inovações que precisam ser adotadas e socializadas, e sua difusão deve levar em consideração a vivência coletiva dos moradores de cada comunidade.