Análise da informação sobre mortalidade por sífilis congênita no estado de São Paulo, de 2007 a 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Jesuino, Amanda Cristina Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-05122024-091238/
Resumo: Introdução: A sífilis congênita (SC) é um agravo evitável e conta com condições factíveis para sua eliminação, entretanto, sua ocorrência permanece como um importante problema de saúde pública, pois evidencia falhas na assistência pré-natal. E para o seu enfrentamento é necessário contar com informações de qualidade. Objetivo: Analisar informações sobre os óbitos por SC no estado de São Paulo de 2007 a 2018. Métodos: Estudo transversal descritivo, com dados do Sinan e SIM relacionados por linkage. A população de estudo contou com 3.735 óbitos por SC notificados no Sinan. Os óbitos foram subdivididos entre óbitos infantis (OI) e óbitos fetais (OF). Foram comparadas as frequências absolutas de óbitos, considerando a SC como causa básica de morte (CB) e a presença e ausência de menção à SC em qualquer linha da Declaração de Óbito (DO). Para mensurar os acréscimos calculou-se a razão de óbito em relação aos óbitos que continham a SC como CB. Foram analisadas a distribuição das CB de óbito, segundo grupos de causas de morte de acordo com a CID-10 para elucidar a presença da SC como CB ou causa contribuinte. Resultados: Dos 3.735 óbitos registrados no Sinan, 1.329 óbitos (35,5%) foram pareados com o SIM, sendo 459 OI e 870 OF. Nestes, a SC foi registrada como CB em apenas 17% e 19,9% respectivamente. A análise de óbitos por menção mostrou aumento de 50% nos OI e 40% nos OF. Considerando o total de óbitos, houve um aumento de 5 a 6 vezes no número de OI e OF em relação àqueles com SC como CB. Nos óbitos sem menção predominaram causas do capítulo \"Algumas Afecções Originadas no Período Perinatal\" (>90%). E foram frequentes as causas de morte do grupo P00 a P04 com 35,2% para OI e 34,4% para OF. Destacou-se a subcategoria \"Feto e Recém-nascido Afetado por Doenças Infecciosas e Parasitárias da Mãe\" (P00.2) com 17,6% e 18,9% respectivamente. Conclusões: Identificou-se a subnotificação de óbitos por SC e evidenciou o desconhecimento da verdadeira magnitude do agravo como um problema de saúde pública.