Exportação concluída — 

Artifícios engenhosos dos loucos fingidos no teatro de Lope de Vega

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Ana Aparecida Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-10092015-153346/
Resumo: O estudo da obra dramática de Lope de Vega permite observar que o dramaturgo espanhol dedica parte de sua produção teatral à encenação da temática da loucura e da figura do louco. Tem-se a tese de que a representação da loucura no teatro lopesco encontra-se pautada pelos preceitos poéticos e retóricos, que estavam em voga naquela época, bem como nas práticas de representação próprias dos séculos XVI e XVII, não se tratando, portanto, de uma simples reprodução empírica do contexto social e histórico daqueles tempos. As abordagens que norteiam o presente trabalho, centradas na temática da loucura, são: 1) encenação de personagens que representam a categoria intelectual do discreto; 2) elaboração de discursos metafóricos e agudos; 3) aplicação dos conceitos de simulação e dissimulação na ação das personagens; 4) imitação de modelos de loucos recorrentes nos séculos XVI e XVII, e, por último, 5) representação de outros discursos e convenções de seu tempo em torno ao tema da loucura. Para que se possa realizar tal demonstração, escolheu-se examinar três peças dramáticas, que são dedicadas à encenação da loucura fingida, situadas nos primeiros anos de composição dramática de Lope, a saber: Los locos de Valencia (1590-1595), El mármol de Felisardo (1594?-1598?) e El cuerdo loco (1602). A metodologia utilizada para a realização deste trabalho tem como preocupação a reconstituição, na medida do possível, do contexto no qual as obras lopescas encontram-se inseridas, como meio de propor uma interpretação das mesmas por meio de seu próprio discurso, bem como por intermédio de outros discursos de seu tempo. Tal método de análise permite examinar os artifícios engenhosos utilizados pelas personagens para a manutenção da máscara da loucura fingida, no decorrer das obras citadas.