Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Felipe Carlos Brito de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-12112019-101711/
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Resumo: |
Uma das mais graves reações transfusionais relatadas é a lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão ou TRALI (Transfusion related acute lung injury). Há algumas décadas, a TRALI vem sendo considerada rara complicação transfusional, porém dados recentes indicam que a síndrome representa a principal causa de mortalidade diretamente relacionada à transfusão. Trata-se de reação imune que é desencadeada pela transfusão de hemocomponentes contendo plasma com anticorpos contra antígenos de histompatibilidade (anti-HLA) e contra antígenos de neutrófilos (anti-HNA). Estes anticorpos aparecem nos doadores, na maioria das vezes em mulheres multigestas, que são frequentemente imunizadas contra antígenos leucocitários não maternos durante a gravidez. Considerando a gravidade da TRALI e a importância dos anticorpos anti-HLA/HNA na patogenia dessa síndrome, o presente estudo de caráter prospectivo experimental propos avaliar o panorama da presença de anticorpos anti-HLA/HNA nos hemocomponentes plasmáticos produzidos na Fundação Hemominas, para subsidiar a implantação de estratégias de prevenção da TRALI e definição de protocolos de rejeição seletiva de doadoras do sexo feminino. Foram realizados testes para identificação de anticorpos anti-HLA de classe I e II, além dos anticorpos anti-HNA contra os antígenos HNA-1a, HNA-1b, HNA-1c, HNA-2, HNA-3a, HNA-3b, HNA-4a, HNA-5a e HNA-5b. Foram testadas amostras de 190 doadores de sangue da Fundação Hemominas, sendo 50 homens, 140 mulheres (50 nuligestas, 30 com histórico de uma gestação, 30 com histórico de duas gestações e 30 com histórico de três ou mais gestações). A taxa de aloimunização total foi de 35/190 (18,4 %). Os anticorpos anti-HLA (classe I = 43,0%, classe II = 48,0%) foram mais frequentes que os anticorpos antineutrófilos (9,0%). A análise do efeito da gestação no desenvolvimento de anticorpos foi concordante com diversos estudos anteriores, mostrando prevalência maior no grupo mulheres com três ou mais gestações (43,3%), seguida do grupo de mulheres com histórico de duas gestações (36,7%), uma gestação com 20,0% e mulheres nuligestas com a menor prevalência entre as mulheres (6,0%). O grupo de doadores do sexo masculino apresentou frequência de aloimunização de 4,0%. Os resultados apontam para a possibilidade de se valer de doação de mulheres não multigestas, em casos de contingenciamento de produção de hemocomponentes com alto conteúdo plasmático |